Dançarino Douglas sentia “saudades eternas” do
traficante Cachorrão. De luto em janeiro, postou no Facebook que “o bico” ia
“fazer barulho”, porque “os amigos” estavam “cheio de ódio na veia”. Pode ser
vítima, mas santo não era.
Já imaginou como estariam as redes sociais se
alguém descobrisse um post dos PMs do Pavão-Pavãozinho que os vinculasse mesmo
que indireta e sentimentalmente a algum traficante ou falasse em ódio após a
morte de um deles? Pois é. Seria um Deus-nos-acuda – quer dizer: um
Capeta-nos-guie! – nas páginas dos jornais e da militância da desmilitarização.
Mas agora é do outro lado.
Em 18 de janeiro, um dia após uma troca de tiros
no Pavão-Pavãozinho resultar na morte de Patrick Costa dos Santos, o Cachorrão,
de 25 anos – que tinha duas condenações por tráfico e obteve livramento
condicional em outubro de 2012 -, o dançarino do “Esquenta” Douglas Rafael da
Silva Pereira, conhecido como DG e encontrado morto nesta semana na mesma
favela que os jornalistas insistem em chamar de “pacificada”, postou no
Facebook: