São citados no esquema bilionário desde
servidores até pessoas influentes na política e na economia do Ceará
Advogados, médicos, escrivães e até
funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estariam envolvidos
no esquema de fraudes do Seguro DPVAT no Ceará. Isso é o que indicam
investigações feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do DPVAT da
Assembleia Legislativa. O rombo nos cofres públicos de todo o País, estimado em
R$ 1 bilhão, pode ter contado com a participação de funcionários públicos e
agentes políticos no Estado.
O relator da CPI, o deputado Fernando Hugo
(SD), afirmou que já tem em mãos um conjunto de nomes de profissionais que
supostamente estão envolvidos nos crimes. Ele dará entrada em requerimentos
para convocar as pessoas citadas nas investigações. "Só agora, com esses
requerimentos, é que teremos dentro da CPI substratos para que essas
instituições forneçam detalhes de envolvimentos, inclusive de pessoas ligadas à
vida pública do Estado do Ceará", disse.
Hugo quer informações sobre ações do DPVAT de
órgãos como Tribunal de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho
Regional de Medicina, Conselho Regional de Fisioterapia e até da Seguradora
Líder, já ouvida em um primeiro momento. Ao menos quatro reuniões já foram
feitas pelo colegiado. No fim da tarde de hoje, outro encontro será realizado
para ouvir o titular da Delegacia e Acidentes de Veículos e Delitos de Transito
(DADT), o delegado César Wagner.