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A esquerda, momento em que o narcotraficante foi preso. |
Com nome falso, um suposto bem-sucedido
empresário do ramo de eventos, o narcotraficante e fugitivo da Justiça
brasileira e internacional, Claudiney Rodrigues de Souza, o “Cláudio Boy”,
mineiro, 36 anos, conseguiu durante quatro anos driblar a Polícia e os setores
de Inteligência do Ceará. Era, na verdade, mais um dos chefões da facção
criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) que escolheram Fortaleza
para gastar o dinheiro do comércio nacional e internacional de cocaína. Agora,
surge como principal suspeito de ter assassinado outros dois líderes da mesma
organização criminosa.
Na madrugada de segunda-feira passada (19),
“Cláudio Boy” teve que fugir às pressas de Fortaleza. Usando documentos falsos,
roupas discretas e óculos escuros, ele embarcou no Aeroporto Internacional
Pinto Martins em um voo com destino a São Paulo. Porém, não sabia que no
Aeroporto de Guarulhos, onde iria desembarcar, a Polícia Federal e agentes da
Interpol já o aguardavam. Acabou preso ainda dentro da aeronave.
A fuga às pressas de Fortaleza tinha uma
justificativa. Na manhã de sexta-feira passada (16), bandidos que seriam também
do PCC, usando distintivos e coletes à prova de balas, se passaram por
policiais e foram até o condomínio de luxo onde “Cláudio Boy” morava com a
família, no bairro Cocó, zona nobre da Capital cearense. O objetivo do grupo
era eliminá-lo. Ele, porém, não estava em casa e, por prevenção, os seguranças
do prédio não permitiram a entrada dos falsos agentes federais.