Em 2016, foram mortos nove policiais. Do
total, um era policial civil. Número triplicou em relação ao mesmo período de
2015
Há quatro meses o estudante Jefferson Monte,
18, sofre com a ausência do pai, o sargento José Eudes da Silva Monte, 46,
morto no último janeiro, durante roubo a coletivo no Conjunto Ceará. Ainda sem
receber a pensão do militar, o jovem, que cursa o 3º ano do ensino médio,
enfrenta responsabilidades de adulto e tenta ajudar a mãe, que enfrenta
problemas psicológicos após a perda do marido.
Ele afirma que, se não fosse a ajuda de
familiares, a mãe, a irmã e ele teriam passado fome. “Lá em casa só quem
trabalha é minha irmã. Estou terminando o 3º ano, mas fazendo bicos na empresa
de um familiar para ajudar em casa”, ressalta. Essa é uma entre as nove
famílias de policiais civis e militares que foram mortos neste ano no Ceará.
Oito eram policiais militares e um era civil. O número de vítimas triplicou em
relação ao mesmo período de 2015, que registrou três casos, sendo dois
policiais militares e um civil, todos mortos em crimes violentos. De janeiro
até ontem, a média foi de dois policiais mortos por mês.
O presidente da Ordem de Policiais do Brasil
(OPB), Frederico França, aponta que o Ceará é o terceiro estado do País com
mais mortes de agentes da segurança. De acordo com o presidente da Associação
de Cabos e Soldados do Ceará (Ascmce), Elisiano Queiroz, o Estado fica atrás
somente de São Paulo (27) e Rio de Janeiro (17). Considerando o efetivo, com
16.421 PMs, o Ceará tem menos da metade de policiais de São Paulo, que tem
93.779 PMs. No Rio de Janeiro, são 47.457 PMs.
Policiais mortos em 2016 |
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS), apenas um dos nove policiais mortos em 2016 estavam em
serviço, caso de Hudson Danilo Lima Oliveira, 26. No entanto, a PM de Campos
Sales informou que o soldado José Roberto Lemos, morto no último fim de semana,
fazia levantamento de um ponto de tráfico de drogas quando foi recebido a tiros
por bandidos. Além dele, outro policial foi baleado.
O inspetor Alisson Mendonça, o soldado
Augusto Huebster da Silva, o sargento José Eudes da Silva Monte e o subtenente
Francisco Wellington da Silva foram vítimas de latrocínio. Já o subtenente
Benedito Gomes de Assunção foi baleado após discussão de trânsito; o subtenente
Carlos Herbênio Almeida Bezerra foi executado quando fazia caminhada em
Jaguaretama; e o soldado Antônio Anderson do Nascimento foi morto em Sobral
após intervir em uma troca de tiros, conforme a Associação de Cabos e Soldados
Militares do Ceará (ASCSM).
Saiba mais
A Academia Estadual de
Segurança Pública (Aesp) divulgou que o curso para o ingresso na Polícia
Militar segue a matriz curricular da Secretaria Nacional da Segurança Pública e
Defesa Social (Senasp). “Durante o treinamento profissional de soldados, por
exemplo, são 1.020 horas/ aulas de instruções teóricas e práticas que abordam
conhecimentos integrados, jurídicos e específicos; dotando o profissional tanto
de habilidades técnicas, quanto de valores éticos”, divulgou.
Fazem parte do curso
disciplinas como: Armas e munições letais e menos letais e equipamentos (36
h/a), Técnica Policial Militar (90 h/a), Tiro Policial Defensivo (54 h/a),
Defesa pessoal (54 h/a) e Direção Veicular aplicada à atividade policial
militar (36 h/a).
Fonte: O Povo
2 comentários:
quem nos segurança esta sem segurança
Anida existe um montão de idiotas de paletó e gravata que se dizem especialistas em direitos humanos que só sabem defender bandidos.
Quando morre um policial ninguém faz nada.
Fala-se mal do governo militar, mas naquela época, bandido não ousava tirar
A cidade um policial.
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