14 de maio de 2016

INSEGURANÇA: CEARÁ É O 3º ESTADO ONDE MAIS POLICIAIS SÃO MORTOS


Em 2016, foram mortos nove policiais. Do total, um era policial civil. Número triplicou em relação ao mesmo período de 2015

Há quatro meses o estudante Jefferson Monte, 18, sofre com a ausência do pai, o sargento José Eudes da Silva Monte, 46, morto no último janeiro, durante roubo a coletivo no Conjunto Ceará. Ainda sem receber a pensão do militar, o jovem, que cursa o 3º ano do ensino médio, enfrenta responsabilidades de adulto e tenta ajudar a mãe, que enfrenta problemas psicológicos após a perda do marido.
Ele afirma que, se não fosse a ajuda de familiares, a mãe, a irmã e ele teriam passado fome. “Lá em casa só quem trabalha é minha irmã. Estou terminando o 3º ano, mas fazendo bicos na empresa de um familiar para ajudar em casa”, ressalta. Essa é uma entre as nove famílias de policiais civis e militares que foram mortos neste ano no Ceará. Oito eram policiais militares e um era civil. O número de vítimas triplicou em relação ao mesmo período de 2015, que registrou três casos, sendo dois policiais militares e um civil, todos mortos em crimes violentos. De janeiro até ontem, a média foi de dois policiais mortos por mês.
O presidente da Ordem de Policiais do Brasil (OPB), Frederico França, aponta que o Ceará é o terceiro estado do País com mais mortes de agentes da segurança. De acordo com o presidente da Associação de Cabos e Soldados do Ceará (Ascmce), Elisiano Queiroz, o Estado fica atrás somente de São Paulo (27) e Rio de Janeiro (17). Considerando o efetivo, com 16.421 PMs, o Ceará tem menos da metade de policiais de São Paulo, que tem 93.779 PMs. No Rio de Janeiro, são 47.457 PMs.

Policiais mortos em 2016
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), apenas um dos nove policiais mortos em 2016 estavam em serviço, caso de Hudson Danilo Lima Oliveira, 26. No entanto, a PM de Campos Sales informou que o soldado José Roberto Lemos, morto no último fim de semana, fazia levantamento de um ponto de tráfico de drogas quando foi recebido a tiros por bandidos. Além dele, outro policial foi baleado.

O inspetor Alisson Mendonça, o soldado Augusto Huebster da Silva, o sargento José Eudes da Silva Monte e o subtenente Francisco Wellington da Silva foram vítimas de latrocínio. Já o subtenente Benedito Gomes de Assunção foi baleado após discussão de trânsito; o subtenente Carlos Herbênio Almeida Bezerra foi executado quando fazia caminhada em Jaguaretama; e o soldado Antônio Anderson do Nascimento foi morto em Sobral após intervir em uma troca de tiros, conforme a Associação de Cabos e Soldados Militares do Ceará (ASCSM).

Saiba mais

A Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp) divulgou que o curso para o ingresso na Polícia Militar segue a matriz curricular da Secretaria Nacional da Segurança Pública e Defesa Social (Senasp). “Durante o treinamento profissional de soldados, por exemplo, são 1.020 horas/ aulas de instruções teóricas e práticas que abordam conhecimentos integrados, jurídicos e específicos; dotando o profissional tanto de habilidades técnicas, quanto de valores éticos”, divulgou.
Fazem parte do curso disciplinas como: Armas e munições letais e menos letais e equipamentos (36 h/a), Técnica Policial Militar (90 h/a), Tiro Policial Defensivo (54 h/a), Defesa pessoal (54 h/a) e Direção Veicular aplicada à atividade policial militar (36 h/a).

Fonte: O Povo

2 comentários:

Anônimo disse...

quem nos segurança esta sem segurança

Daniel Sousa disse...

Anida existe um montão de idiotas de paletó e gravata que se dizem especialistas em direitos humanos que só sabem defender bandidos.

Quando morre um policial ninguém faz nada.

Fala-se mal do governo militar, mas naquela época, bandido não ousava tirar
A cidade um policial.