Os jovens queimaram colchões e criaram
barricadas para evitar a entrada do Batalhão de Choque. Eles ainda tentaram
fazer os instrutores reféns, mas não conseguiram.
Adolescentes em conflito com a Lei destruíram o
Centro Educacional São Miguel. no Passaré, durante uma rebelião. A situação
começou no fim da tarde desta segunda-feira, 16, quando os internos atearam
fogo nas salas.
Segundo o titular da 5ª Vara da Infância e da
Juventude de Fortaleza, juiz Manuel Clístenes de Façanha e Gonçalves, os jovens
destruíram grande parte do Centro Educacional que abriga cerca de 230
adolescentes.
Ainda de acordo com o magistrado, os jovens tentaram
fazer instrutores de refém, mas não obtiveram êxito. O juiz Manuel Clistenes
informou que alguns instrutores tiveram ferimentos leves, mas não soube
informar a quantidade.
A cozinha da unidade também foi destruída pelo
fogo. O ataque foi motivado pela superlotação. Conforme informou Manuel
Clístenes, O Centro Educacional São Miguel possui estrutura capaz de comportar
60 internos, mas o número está em torno de 230.
Após a destruição, a preocupação do juiz é de
como serão abrigados os adolescentes em conflito com a lei. "Tem três
centros educacionais interditados e três com a capacidade estourada. O São
Francisco está com 220 e tem capacidade para 60 e o Passaré está com 200 e tem
capacidade apenas para 90. Aqui vai ficar em uma situação difícil, não tem como
transferir, pois o Estado ainda não entregou as outras unidades, como a do
Canidezinho. O sistema está em colapso e sobrecarregado, toda semana tem
rebelião e fuga, não tem como resolver a curto prazo, é preciso uma intervenção
urgente. Um a um estão sendo destruídos", explica.
Conforme informou o oficial do Batalhão de
Choque, tenente PM Frota Gomes, o BPChoque foi acionado para dar apoio, pois os
adolescentes teriam tomado o local ateando fogo e danificaram o
estabelecimento. "Já foi normalizado. Eles danificaram o estabelecimento,
viemos e tomamos o local. É feita a contagem e ainda tem muita fumaça, os
adolescentes estão sendo colocados nas celas em que há condições de
permanecer", explica.
Ainda na ação, os jovens teriam construído uma
espécie de barricada dentro das salas, com objetos ainda em chamas, no intuito
de evitar a entrada do BPChoque.
O tenente ainda informou que o Policiamento
Ostensivo Geral (POG) fez o cerco na parte externa do centro para evita uma
fuga em massa e o Choque entrou no local.
Fonte: O Povo
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