Oito casas de prostituição foram fechadas
durante uma operação deflagrada, ontem, pelo Ministério Público do Estado do
Ceará (MP-CE). Até o fim da noite foram contabilizados dez mandados de prisão e
oito de busca e apreensão cumpridos. Dentre os presos, sete mulheres e três
homens, inclusives gerentes e proprietários, todos envolvidos com o setor
administrativo das casas.
Todas as casas de prostituição funcionavam em
Fortaleza, entre elas duas localizadas na Aldeota, bairro considerado de classe
média alta da Capital. O local seria frequentado por pessoas de alto poder
aquisitivo.
De acordo com informações do promotor de Justiça
Marcos William, o Ministério Público, a ação foi desencadeada por meio do Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-CE), com apoio da
Polícia Civil, e Coordenadoria de Inteligência (Coin), da Secretaria de
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Foram mobilizadas três equipes da Divisão de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), duas da Delegacia de Roubos e Furtos
(DRF), no comando do delegado Raphael Vilarinho e outras duas equipes da
Polícia Civil, que foram até as casas nos bairros Aldeota e Luciano Cavalcante
e apreenderam agendas, computadores e documentos que, segundo o MP, comprovam o
funcionamento de estabelecimentos como casas de exploração sexual. A Polícia
informou que nenhuma das garotas que trabalhavam nos locais foram detidas, pois
não é crime a prostituição, mas sim a exploração sexual.
De acordo com informações do diretor adjunto da
DHPP, delegado Ricardo Romagnoli, a investigação é do Ministério Público. As
equipes da Polícia Civil que participaram da operação cumprir am os mandados de
prisão e de busca e apreensão.
Os detidos foram encaminhados à Delegacia de
Capturas (Decap), para realização dos procedimentos legais e o material
apreendido foi levado à DHPP, mas em seguida, seria encaminhado à sede do
Gaeco. O promotor de Justiça Marcos William afirmou que ocorrerá uma coletiva
hoje na Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) para divulgar outros dados da
apuração. Ele preferiu não entrar em detalhes sobre a operação, mas ressaltou
que o objetivo é combater a exploração sexual e corrupção de menores.
Copa do Mundo
Para o promotor, a questão da Copa do Mundo
neste mês foi um dos motivadores da ação e mobilização, mas a ideia principal é
acabar com a exploração sexual em Fortaleza. O delegado Ricardo Romagnolli
informou que os presos devem responder na Justiça por crimes como formação de
quadrilha, manter casa de prostituição, exploração sexual e corrupção de
menores.
Jéssika Sisnando
Redação Web
Fonte: DN
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