22 de março de 2013

EMISSORAS ATACADAS: LAUDO ATESTA QUE ATO FOI CRIMINOSO

Já está nas mãos da Polícia Civil o laudo dos exames de perícias realizados nos dois locais onde estavam instalados os transmissores de duas emissoras de rádio da cidade de Quixadá, situada na Região do Sertão Central (158Km de Fortaleza). O documento, elaborado por técnicos da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), confirma a suspeita da Polícia, a destruição dos aparelhos foi criminosa.



Os atentados ocorreram em dias alternados no começo deste mês. Um deles, destruiu os transmissores da Rádio dos Monólitos AM, que ficavam localizados em um pequeno imóvel, próximo ao posto de fiscalização do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRE), na CE-060. Em seguida, o ´alvo´ dos vândalos foi a aparelhagem da Rádio Liderança FM, instalada numa área próxima ao Santuário Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão. Ali também havia um transmissor da TV Cidade, que foi afetado pelos criminosos.

Investigação

O fato causou revolta à população de Quixadá e das demais cidades daquela região, que acabou ficando sem o funcionamento das duas emissoras de rádio e da TV. O caso levou a presidência da Associação Cearense das Emissoras de Rádio e Televisão do Ceará (Acert) a intervir.

O presidente daquela entidade, jornalista Edilmar Norões, teve uma audiência com o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, coronel Francisco José Bezerra.

No dia seguinte ao encontro, Bezerra reuniu seus assessores de Inteligência e seguiu para a cidade de Quixadá, onde tomou pessoalmente ciência dos dois casos e determinou imediatas providências, entre elas, a abertura de inquérito policial e uma minuciosa perícia nos dois locais dos atentados.

Suspeitos

A Polícia Civil, através da Delegacia Regional de Quixadá, instaurou inquérito. O delegado regional, George Monteiro, já deu início aos depoimentos e tem pistas de um suspeito de ter praticado o atentado. O trabalho da Polícia agora será a identificação e indiciamento dos mandantes.

Em nota à Imprensa, a Acert informou que "as ações de extrema violência, provavelmente praticadas com o propósito de silenciar as emissoras de rádio daquela região, que desempenham a nobre e democrática missão de informar à comunidade os fatos que dizem respeito aos seus cotidianos, geraram um clima de insegurança entre os moradores da cidade e pânico entre os dirigentes e radialistas das duas emissoras". 

Fonte: DN

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