Agentes penitenciários apreenderam 3.158 aparelhos celulares nas
cadeias públicas e unidades penitenciárias do Ceará, entre os meses de
janeiro e novembro deste ano, segundo levantamento da Secretaria da
Justiça e Cidadania (Sejus). O número das apreensões já supera o dobro
do material recolhido durante todo o ano passado. Em média, 287
aparelhos foram tomados dos presos por mês.
Já em 2011, mensalmente,
cerca de 103 celulares foram apreendidos. Além dos aparelhos, nas
unidades também foram recolhidas drogas, bebidas e armas.
A
maioria das apreensões ocorreu nos presídios: foram 2.605 celulares
recolhidos nas casas de detenção, que deveriam contar com uma maior
segurança. Nas cadeias públicas, a quantidade de aparelhos apreendidos
chegou a 553. Ao todo, houve um aumento de 154% nas apreensões, numa
comparação com o ano passado. Em 2011, nas cadeias públicas, foram
apreendidos 198 celulares. Nos presídios, foram 1.045 aparelhos,
totalizando 1.243 aparelhos de comunicação.
Segundo a
assessoria de imprensa da Sejus, o material foi encontrado nas celas dos
detentos durante vistorias gerais e operações de prevenção contra
fugas, e também com as visitas dos presidiários, que passam por
vistorias. O trabalho foi comandado pela Coordenadoria do Sistema Penal
(Cosipe).
Já as operações são executadas em conjunto por
agentes penitenciários e homens do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP). O
grupo foi criado há um ano e conta com 35 agentes. Mesmo assim, é
flagrante o aumento do material ilícito que chega até os presos.
Bloqueadores de celular
Ao
mesmo tempo em que revela a fragilidade na segurança no sistema
penitenciário do Estado, o volume de apreensões de aparelhos de
comunicação dentro dos presídios reacende a discussão sobre a
necessidade de instalação de aparelhos bloqueadores de sinal de celular
nas penitenciárias, de onde os presos continuam organizando os crimes e
desafiando as autoridades.
Porém, não há uma legislação
federal específica que torne obrigatória a instalação de aparelhos de
bloqueadores de sinal de celular nos presídios, segundo o Ministério da
Justiça. Por meio da assessoria de imprensa do Departamento
Penitenciário Nacional (Depen), o órgão informou ao O POVO que a
utilização da tecnologia fica a critério de cada estado.
Conforme
edição do O POVO do último dia 16 de novembro, desde 2009 as 16
unidades prisionais do Ceará aguardam a instalação de bloqueadores. Uma
licitação chegou a ser iniciada em fevereiro daquele ano, quando o
ex-deputado Marcos Cals (PSDB) ainda era o secretário da Justiça. O
certame, porém, foi cancelado. Segundo a assessoria da Sejus, as razões
do encerramento foram as falhas detectadas no sistema de bloqueio.
Durante
todo o dia de ontem, O POVO tentou ouvir a secretária da Justiça e
Cidadania, Mariana Lobo. A assessoria chegou a informar que a titular da
pasta retornaria as ligações, o que não ocorreu até o fechamento da
edição. O contato do comandante do GAP não foi disponibilizado.
ENTENDA A NOTÍCIA
Os
aparelhos foram recolhidos durante vistorias nas celas e na revista de
visitantes. Somente este ano, 3.158 aparelhos foram recolhidos,
superando em 154% as apreensões do ano passado, quando foram
apreendidos 1.243 celulares.
Saiba mais
Além
dos celulares, vários artigos ilícitos foram apreendidos nas casas de
detenção e presídios do Ceará. Dentre os artigos recolhidos, somente
este ano, estão: seis revólveres, com 49 munições; 2.419 chips para
aparelhos celulares; 3,047 quilos de crack; 1,083 quilos de cocaína;
6,471 quilos de maconha; 743 comprimidos psicotrópicos; 1,118 litros de
bebida artesanal (goró); 12.419 chips, 110 barras de ferro; 579
cossocos (arma artesanal); além de 198 objetos perfurantes/cortantes.
Já
no ano passado, foram apreendidos: cinco revólveres, com 50 munições;
806 chips; 7,311 quilos de crack; 705 gramas de cocaína; 8,029 quilos
de maconha; 749 comprimidos psicotrópicos; 277 litros de bebida
artesanal (goró); 38 barras de ferro; 337 cossocos; além de 69 unidades
de outros objetos perfurantes/cortantes.
Fonte: O POVO
2 comentários:
Pois é não mim Canso de Dizer,em todo canto do mundo pegam,menos em CAMOCIM...Por isso é que o nosso Camocim,ta se acabando,em trafico,mortes etc.Os bandidos dentro da cadeia sabem tudo que acontece aqui fora,ou até as vezes ficam só mandando,os laranjinhas aqui fora...Tende Piedade meu PAI de todos nós....Vamos Rigorar essa LEI,Dá pressão nesses bandidos,não nos deixam eles intimidar.
Tá equivocado anônimo, se você acompanha o blog deve saber que em quase todas as revistas realizada na cadeia pública de Camocim são encontrados esses objetos, os agentes penitenciários e os policiais que ali trabalham realizam um bom serviço.
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