Subiu
para 102 o número de pessoas mortas em confrontos com a Polícia no Ceará em
2018. O mais recente caso ocorreu na manhã de segunda-feira (28), quando
três homens morreram em troca de tiros com a PM no Município de Aracati, no
Litoral Leste do Ceará (a 149Km de Fortaleza).
O
confronto aconteceu na Praia de Canoa Quebrada, por volta de 11 horas, após a
PM montar um cerco para prender uma quadrilha de traficantes que estava
escondida naquela comunidade com o suposto objetivo de praticar uma chacina.
Pelas informações recebidas pelas autoridades, o bando armado iria matar
criminosos inimigos por conta da disputa por território da venda de drogas.
No confronto, três
traficantes identificados apenas por Isaías, Jéffesrson e “Naldo” foram
baleados e socorridos pelos próprios PMs para o Hospital de Aracati, onde
morreram minutos após darem entrada na Emergência. Os demais componentes da
quadrilha acabaram fugindo e continuam sendo procurados pelas autoridades.
Em dois endereços onde
estavam escondidos os criminosos, a Polícia apreendeu três armas de fogo (dois
revólveres e uma pistola), munição de reserva, drogas, além de outros artefatos
usados no tráfico de entorpecentes, como saquinhos plásticos e balança de
precisão digital.
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Armas e drogas estavam com os bandidos que morreram no confronto com o BPRaio e BPTur |
O
traficante de drogas que teria montado o plano criminoso para eliminar os
bandidos “concorrentes” foi identificado como Raimundo Nonato Bezerra Filho,
conhecido por “Fei”. Logo, as equipes Raio 01,02 e 03, além da viatura Raio 039
e uma patrulha do BPTur se deslocaram da cidade de Aracati até Canoa Quebrada,
mas acabaram sendo recebidas a tiros.
Segundo a Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), esses óbitos decorrentes de
confrontos entre marginais e policiais civis ou militares são denominados
Mortes Por Intervenção Policial (MIP) e não são contabilizados na estatística
oficial do estado em relação aos Crimes Violentos, Letais e Intencionais
(CVLIs).
Neste mês de maio, já são 15
pessoas mortas em confrontos com a Polícia ou casos de mortes por balas
perdidas durante os tiroteios.
Fonte: Fernando Ribeiro