Gás lacrimogêneo, balas e cassetete de borracha,
spray de pimenta e arma de eletrochoque, também conhecida como taser, terão
prioridade na ação policial. É o que determina matéria aprovada pelo Plenário
do Senado na tarde desta quarta-feira (26). Pelo substitutivo ao Projeto de Lei
do Senado (PLS) 256/2005, o uso de armas não letais poderá ter prioridade sobre
as armas de fogo na ação policial – desde que essa opção não coloque em risco a
vida dos policiais. Agora, a matéria segue para sanção.
O projeto, do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ),
já havia sido aprovado quarta-feira passada (19) na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ). De acordo com o texto, armas não letais têm baixa
probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes e são projetadas para
conter, debilitar ou incapacitar pessoas temporariamente.
O projeto também
proíbe o uso de armas de fogo nos casos de abordagem contra pessoa em fuga que
esteja desarmada ou contra veículo que desrespeite bloqueio policial, desde que
o uso do armamento de menor poder ofensivo não coloque em risco a vida do agente
de segurança ou de terceiros.
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, a
matéria é da maior importância para a realidade do país. O senador Eduardo
Braga (PMDB-AM) lembrou que a arma letal só pode ser usada em determinadas
condições e sob parâmetros legais. Segundo ele, a prioridade da arma não letal
pode significar a preservação de vidas.
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA), porém,
manifestou preocupação com o uso de armas de choque e spray de pimenta nas
manifestações populares. Para ela, esses instrumentos ainda podem ser
considerados violentos e têm causado danos a manifestantes. Em resposta,
Crivella explicou que o uso desse tipo de armamento deve obedecer a princípios
de legalidade, razoabilidade e proporcionalidade.
— O que o projeto cuida é exatamente de
disciplinar para que não haja nenhum abuso contra os manifestantes — disse o
senador.
Crivella recordou que o projeto vem sendo
debatido há nove anos no Congresso. Ele destacou o crescimento da violência na
ação policial, resultando em grande número de mortes, em especial de jovens.
Para reduzir as ocorrências e manter a integridade física de pessoas em
abordagens policiais, a sugestão é disciplinar o uso da força pelos agentes de
segurança, com prioridade para armas não letais. O objetivo, segundo o senador
é adequar o uso da força por parte do poder público para reduzir as ocorrências
graves e preservar fisicamente as pessoas envolvidas.
Fonte: Agência Senado (Reprodução autorizada mediante
citação da Agência Senado)
Um comentário:
Eita menino q agora os abusos nos usos dessas armas vai ser grande muda a polícia q melhora
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