Uma enfermeira de 38 anos sofreu um sequestro-relâmpago na manhã da
terça-feira (8) no Bairro Messejana, em Fortaleza. Segundo a mulher, ela
foi abordada por um homem "bem aparentado" em um agência bancária na
Avenida Washington Soares e depois por uma mulher loira que a aguardava
na parte externa. A vítima denunciou o sequestro à Polícia Civil. O caso
está sendo investigado, mas até agora ninguém foi preso.
A enfermeira diz ter dirigido por quase quatro horas sob ameaças dos
dois e que chegou a ser torturada com o uso de lâmina de barbear e
alicate. "Ela entrou (no carro) na frente e ele entrou atrás. Ela era
bem agressiva", conta. A enfermeira disse que chegou a dar a quantia de
R$ 1 mil para os dois. "Eles queriam mais. Eles queriam comprar crack.
Foram bem claros. Eles tinham uma dívida de droga para ser paga",
lembra. Segundo a vítima do sequestro-relâmpago, os dois abriram a
agenda do celular dela e ligaram para o marido da mulher e pediram R$ 3
mil reais para liberar a enfermeira.
Durante o sequestro, o casal pediu para a enfermeira para em uma
farmácia e comprar lâminas de barbear e alicate de unha. "Eu tava
dirigindo, ela pediu para eu não olhar pra ela nem pra ele e que
suportasse porque o culpado era minha família que não tinha depositasse o
dinheiro. Ela começou a rasgar meu braço, minhas pernas", conta. A
mulher também relata que dirigiu para lugares isolados e que os dois
consumiram crack e fizeram relações sexuais dentro do carro.
"Ela pegou meu braço e começou a rasgar mais e mais meu carro. Eu
comecei a raciocinar e voltei a dirigir em locais públicos", disse. Na
Avenida Santos Dumont, os dois pediram para ela parar em outra farmácia
para comprar mais lâmina de barbear. A enfermeira estava com cortes no
rosto, nos braços e nas pernas, e eles pediram para ela comprar do
carro.
Segundo a mulher, o atendente da farmácia chegou a ir até o carro. "Eu
ainda arregalei os olhos. Ele viu minha face rasgada, meu pescoço
rasgado, mas mesmo assim pegou o aparelho, o dinheiro, trocou o dinheiro
e me devolveu. As pessoas que trabalham em locais públicos têm que
prestar atenção. A gente pode estar com um assaltante dentro do carro e
eles não sabem", alerta.
Após quatro horas de ameaças, os dois decidiram sair do carro. Segundo a
enfermeira, os assaltantes disseram que "não rendia mais". "O que vai
acontecer com eles Deus é quem encaminha, mas eu quero deixar
registrado".
Fonte: G1CE
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