Operação Mecenas apura denúncias de corrupção
dentro do sistema penitenciário.
Um agente penitenciário foi afastado do cargo
por suspeita de corrupção durante a operação Mecenas, realizada nesta quinta-feira
(1º) no Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne
(Cepis), antiga CPPL, em Itaitinga, na Grande Fortaleza.
Segundo o promotor do Ministério Público
Nelson Gesteira, que participou da operação, o agente afastado emitia falsa
certidão de trabalho para que os presos obtivessem redução da pena.
"Eles recebiam certificado de trabalho
num programa de arte, na pintura de telas, que não correspondia à verdade. A
operação realizada na data de hoje comprovou essa nossa suspeita", diz
Gesteira.
O Ministério Público vai analisar o material
para saber quantos presos foram beneficiados com o esquema criminoso e se o
agente recebia algo em trocada da fraude.
A lei de remissão de pena estabelece que,
para cada três dias de trabalho, o interno tem reduzido em um dia o tempo da
prisão.
Drogas e celulares
A ação também prendeu um servidor que estava
dentro da unidade com drogas (250g de maconha e 220g de crack). Os
investigadores apuraram também o preso que receberia a droga dentro do Centro
de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne. Ainda foram
apreendidos aparelhos celulares, documentos e medicamentos de efeito
psicotrópico.
A unidade é considerada um presídio exemplar
no Ceará, onde nunca houve fugas.
Os mandados de busca e apreensão foram
cumpridos por integrantes do Ministério Público do Ceará, Controladoria Geral
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) com
o apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Os mandados foram assinados
pelo juiz de Itaitinga, Cristiano Silva Sibaldo de Assunção.
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