Terminou sem acordo mais uma rodada de
negociações entre o Governo do Estado e representantes dos policiais civis
cearenses. Na quarta-feira (5), as partes se reuniram numa audiência no
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE),
no bairro Cambeba. Contudo, depois de quase três horas de sessão, as
partes saíram da reunião sem uma solução para o problema. Os servidores
permanecem, portanto, em estado de greve. Há duas semanas, a categoria
deflagrou greve geral, que foi suspensa por ter sido considerada ilegal.
O principal entrava nas negociações é a não
solução por parte do Estado quanto à melhoria salarial da categoria.
Representantes do governo sustentam que o caixa do Estado não tem condições de
pagar o que é pedido pela classe, pois estaria em dificuldades financeiras.
Já os policiais reivindicam, além da
reposição salarial anual (que não foi feita pelo Governo neste ano para todas
as categorias do funcionalismo público), uma completa reforma no Plano de
Cargos e Carreiras da Instituição. A diferença salarial entre delegados de
Polícia e os demais integrantes da corporação (inspetores, escrivães, peritos,
legistas etc) é imensa e chega a até 60 por cento.
Delegacias fechadas
Há duas semanas, os policiais vivis
decretaram em assembléia-geral a paralisação das atividades, deixando o Estado
com praticamente 100 por cento das delegacias fechadas, funcionando apenas
quatro unidades na Capital e Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e outras
duas no Interior. Contudo, a greve foi suspensa pelos agentes após a Justiça
decretar a ilegalidade à pedido do governo. A categoria, no entanto, ingressou
com recurso judicial.
Ontem, ainda durante a audiência no
TJCE, o desembargador Luiz Evaldo
Gonçalves Leite concedeu um prazo de cinco dias para que o Sindicato dos
Policiais Civis (Sinpol) apresente à Justiça a contestação formal (recurso)
contra a decretação da ilegalidade da greve.
Fernando Ribeiro
Um comentário:
Como não tem dinheiro e abre concurso para 4200 pms? pq pm da mais voto, será?
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