20 de abril de 2016

AÇÃO DESASTROSA! OPERAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL INVADE CASA DE SARGENTO DA PM POR ENGANO E CASO VAI À CONTROLADORIA.

O comandante do BPRaio, tenente-coronel Márcio Oliveira, esteve nesta terça-feira na Controladoria para acompanhar o PM apontado como vítima

Uma operação policial equivocada foi levada na tarde de ontem para a Controladoria Geral de Disciplina do Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (CGD). Um sargento da Polícia Militar teve a residência invadida por uma equipe da Polícia Civil que buscava cumprir um mandado de prisão por homicídio.
De acordo com informações de familiares, o sargento é lotado no Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) e está de licença médica após ser submetido a uma cirurgia de joelho.
Na manhã desta terça-feira (19), um inspetor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) teria ido à residência da mãe do sargento, procurando por um homem que teria nome similar ao do filho dela. O policial teria dito que era amigo do PM e precisava conversar com ele.
A idosa, então, teria fornecido o endereço do filho, no bairro Bela Vista. No começo da tarde de ontem, o inspetor foi então ao local indicado pela mulher, à procura do sargento.
Conforme a esposa do militar, o homem teria batido à porta chamando pelo marido dela. “Ele dizia que era um colega que tinha tirado serviço com meu marido em Quixadá”, disse.
O sargento, no entanto, não reconheceu o homem e não autorizou a abertura do portão. O inspetor teria, enfim, identificado-se como policial civil, mostrando o distintivo através do olho mágico. O marido, então, teria ficado temeroso com a divergência de informações.  

Diante do impasse, o inspetor deixou o local. Conforme os familiares, cerca de 10 minutos depois, uma equipe da Polícia Civil invadiu a residência. “Eles chutaram e quebraram o portão e entraram na nossa casa com arma na mão”, relatou a esposa do sargento PM.
Ela, posta sob a mira de arma de fogo, foi rendida. O barulho feito na abordagem, segundo relatou, acordou a filha do casal, de oito meses, que chorou.
“Eles disseram que tinham um mandado de prisão contra ele por homicídio e leram um nome. Mas não era o dele. Meu marido então se identificou, deu o nome completo, e a patente, sargento do Raio”, relatou.

Erro

Ali, os policiais civis perceberam o engano: o alvo, na verdade, reside no bairro Demócrito Rocha. O sargento, no entanto, já havia acionado o comando do Batalhão de Policiamento. A diretora da DHPP, delegada Socorro Portela, ainda tentou intervir, conforme os familiares do sargento, mas o caso foi parar mesmo na CGD.
Na Controladoria, os envolvidos prestaram depoimento na Delegacia de Assuntos Internos (DAI) durante toda a tarde. O comandante do BPRaio, coronel Márcio Oliveira, esteve no local mas não falou com a imprensa.
Em nota, a Polícia Civil limitou-se a admitir o erro. “A Polícia Civil do Estado do Ceará informa que, na tarde desta terça-feira (19), a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estava realizando uma operação de cumprimento de mandados de prisões e cometeu um equívoco, sem dolo, entrando na residência de um policial militar”.

Até o fechamento desta edição, não foi informado se houve sanção a algum dos policiais civis envolvidos na operação.

4 comentários:

Anônimo disse...

Isso não vai dar nada. No máximo dano moral contra o Estado e quem pagará será todos nós.

Anônimo disse...

Esse caso só ta tendo essa repercussão toda por que foi um erro com um policial se fosse com qualquer outra pessoa ja tinham abafado o caso!

Anônimo disse...

E verdade,nos somos pobres mas nosso dinheiro dar pra pagar tudo, tudo sai e do nosso bolso mesmo!

Anônimo disse...

se o cidadão não fosse policial, o que aconteceria? Isto é o retrato de como a falta de cuidado ou de competência, pode gerar grande problema a um cidadão, seja policial ou não, ambos merecem ser assistido melhor em sua segurança.