Ninguém foi preso por conta das ações. No
último caso, um policial civil ficou ferido por estilhaços de vidro
As investigações sobre a sequência de ataques
à delegacias da Capital e Região Metropolitana estão avançadas, segundo o
secretário-adjunto da Segurança Pública e Defesa Social (SPPDS), Lauro Prado.
Até a noite de ontem, nenhum suspeito de metralhar os Distritos Policiais havia
sido preso. De quinta-feira (3) até agora já foram cinco casos registrados.
O ataque mais recente ocorreu na madrugada de
ontem, quando o 3º DP (Otávio Bonfim), localizado a alguns quarteirões da sede
da SSPDS, na Avenida Bezerra de Menezes, foi alvo de disparos. Dois policiais
civis estavam no local. Um deles acabou ferido pelos estilhaços da porta de
vidro destruída pelos projéteis. O agente foi encaminhado ao Instituto Doutor
José Frota (IJF) e já recebeu alta médica. Os suspeitos do ataque são três
homens que estavam em dois carros. Eles usaram uma escopeta e uma pistola para
atingir a Delegacia.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis
do Ceará (Sinpol), Gustavo Simplício, disse que vem denunciando há anos a falta
de segurança nas delegacias. Em relação aos ataques, Simplício afirmou que os
agentes estão investigando a autoria e vão dar uma resposta à sociedade.
"A categoria está revoltada com essa
situação. Tem policial de folga indo trabalhar para ajudar aos que estão de
plantão. Não aceitamos ver a Polícia Civil atacada desta forma. É um absurdo o
servidor não ter segurança e trabalhar protegido por uma vidraça. Isto é de uma
vulnerabilidade inacreditável", afirmou.
O presidente do Sinpol considerou as ações
como "terrorismo". "Os policiais que estão sem segurança e
desempenhando funções que não são suas, são de uma coragem heroica. É
terrorismo o que está acontecendo".
O coronel Lauro Prado disse que a SSPDS está
colocando em prática medidas preventivas contra os ataques, mas não revelou
quais. Segundo ele, operações que envolvem órgãos das Forças de Segurança estão
em andamento. Os trabalhos incluem blitze e saturações em áreas consideradas
críticas. O secretário adjunto disse que várias linhas de investigação estão
sendo seguidas. Porém, afirmou que as apurações devem ter resultado em breve.
"Não tem ninguém preso, mas as diligências estão avançadas e temos bons
indicativos das autorias", afirmou.
Reivindicações
Um texto com uma lista de reivindicações e um
vídeo que atribui a autoria dos ataques ao Comando Vermelho circula nas redes
sociais. A Polícia está apurando se as informações são reais. "São muitas
exigências, um texto longo e cheio de termos técnicos. Não acho que seja de
membros da facção, mas pode ter sido feito por um advogado. O Serviço de
Inteligência da SSPDS está apurando de onde partiu", afirmou uma fonte da
Polícia Civil.
Lauro Prado disse não acreditar que as
reivindicações e confissões dos ataques tenham partido de filiados do Comando
Vermelho, embora ele assuma que a participação da facções criminosas não está
descartada. "Não acredito que seja verdade. Todas as informações que
aparecem em redes sociais estão sendo analisadas. Muitas delas são
contraditórias e improváveis, mesmo assim são checadas. Não desprezamos nenhum
tipo de informação", salientou.
Fonte: DN
Um comentário:
Logo a polícia civil resolverá isso aí, já que a parte investigatuva cabe a elas logo tds estarão atrás das grades.
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