São 318 equipamentos que devem auxiliar na
padronização de segurança das 130 cadeias do sistema prisional do Estado
Com o intuito de banir as revistas íntimas
vexatórias e aumentar a segurança nas cadeias 130 cadeias públicas do Estado
foram entregues, no início da noite desta terça-feira, 12, 318 equipamentos de
segurança. A entrega, na sede da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus),
contou com a presença do governador do Estado, Camilo Santana (PT). De acordo
com a Sejus, os artigos são resultado de parceria com o Departamento
Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Depen/MJ) e de repasse do
próprio Governo do Estado, que destinou ao órgão parte do material utilizado na
Copa do Mundo, ocorrida em 2014.
São 77 portais, 26 raios-x, 69 banquetas
eletrônicas e 146 raquetes eletrônicas que devem auxiliar os agentes prisionais
na detecção de objetos de metal que estejam com pessoas que adentrem as
unidades. Já as banquetas, ainda não utilizadas no sistema cearense, conseguem
identificar a presença de possíveis metais introduzidos no corpo de visitantes.
"Sempre respeitando a integridade das
pessoas que adentram a unidade prisional, esses equipamentos, evitam a revista
vexatória que atenta contra a dignidade, intimidade e privacidade das
pessoas", aponta Hélio Leitão, titular da Sejus.
Os novos equipamentos devem auxiliar na
padronização dos procedimentos de segurança do sistema prisional na Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF) e nas cadeias públicas.
No interior do Estado, a distribuição do
material foi feita de acordo com as cadeias que apresentam maior população
carcerária e que possuam estrutura física para receber as melhorias.
Para Valdemiro Barbosa, presidente do
Sindicato dos Agentes Penitenciários, os equipamentos representam um avanço,
mas há pontos a solucionar. "É uma reivindicação antiga da nossa
categoria. Falamos ao secretário da Sejus sobre a situação dramática das cadeias
do Estado, que não tinham esses equipamentos. Tínhamos esse alto índice de
fugas no interior do Estado. São aquisições que vão facilitar o trabalho dos
agentes penitenciários. Mas é preciso também que se aumente o efetivo e nosso
grande drama é a superlotação com um excedente de mais de 100%", pondera.
O POVO Online com informações do repórter
João Marcelo Sena
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