Uma mulher foi presa na
manhã desta quarta-feira (21) quase 24
horas depois de assassinar o companheiro.
O crime ocorreu em um casarão antigo, em obras, cujas dependências foram
convertidas em quitinetes no Centro da Capital. A vítima foi esfaqueada e a
autora do crime se apresentou à Polícia na manhã de hoje.
O homem, identificado como
Jackson Soares Vasconcelos, 30 anos, foi
morto com um golpe de faca no peito. A companheira dele, Irismar Silva de
Oliveira, 36, ambulante, que ganhava a
vida vendendo café e água na Praça Capistrano de Abreu (da Lagoinha), no
Centro, se desesperou após o ato violento. Fechou a porta, saiu de casa e
procurou ajuda da família.
Na manhã de hoje, ela se
apresentou no 34º DP onde contou o que fizera. Chorando, disse que vinha sendo
espancada e ameaçada de morte por Jackson, com quem mantinha um relacionamento
há apenas quatro meses. Há duas semanas,
os dois foram morar juntos no casarão, localizado na Rua Princesa Isabel.
Segundo Irismar, conhecida
por “Bela”, nos últimos dias o companheiro aumentou o tom das ameaças de morte
por conta de ciúmes. “Fiquei sem dormir, pensando que ele ia me matar à noite”,
disse a mulher. Ela afirma que chegou a procurar a Polícia para denunciar o
caso, mas foi maltratada e até chamada de prostituta. Mesmo assim, fez um
Boletim de Ocorrência (B.O.).
Arrependida
Na madrugada de ontem, o
acusado tentou, mais uma vez, espancar a vítima. A mulher se armou com uma faca
e desferiu um golpe no companheiro. O local estava escuro e, segundo Irismar,
nem sequer tinha a certeza de que havia ferido a vítima. “Ele voltou para o
quarto e depois disse que eu tinha o matado, mas não acreditei”. Depois,
percebeu que Jackson estava inerte na cama. Ela então passou a acreditar que
tinha realmente assassinado o companheiro e decidiu procurar ajuda. Chegou a
contar o fato a uma irmã e a uma amiga. Desesperada, se apresentou no 34º DP e
contou ao inspetor Daniel o que tinha feito.
Naquele momento, uma patrulha da PM já tinha sido acionada ´pelos vizinhos
para ir ao casarão e ali constatou a presença do corpo.
Socorristas do Samu
comprovaram que o homem havia sido morto há horas. O corpo já apresentava uma
intensa rigidez cadavérica. Depois de prestar depoimento, Irismar foi liberada já que se apresentara
espontaneamente à Polícia. O inquérito
foi instaurado no 34º.
Fonte: Blog do Fernando Ribeiro
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