O governador Camilo
Santana manifestou, ontem, em entrevista
concedida ao Diário do Nordeste, o desejo de
unir forças com a Polícia Federal (PF) para
enfrentar o problema dos ataques a banco no
Ceará. Segundo o governador, a ideia é haver
mais troca de informações e experiências
entre as forças federais e estaduais para
combater as explosões aos estabelecimentos
bancários, recorrentes nos últimos meses.
"Vamos conversar com a Polícia Federal, para
encontrar maneiras, tecnologias, para
enfrentar o problema. O que tentamos fazer é
reunir aqueles que podem ajudar com
Inteligência, com apoio, para termos uma
estratégia para atuar", esclareceu Camilo
Santana.
O governador enfatizou o trabalho feito pelas
forças policiais estaduais, relembrando o
período no ano passado em que houve
redução nas ações.
Entretanto, afirmou que é
preciso compreender o movimento de
migração dos criminosos de uma modalidade
de crime para outra, para poder atacála. Para
ele, é preciso que as divisas do Ceará estejam
protegidas.
"Vamos criar o Batalhão de Divisas, que vai ser
importante para diminuir essas ações
criminosas no Interior. Temos que proteger as
fronteiras. Teve um período longo do ano
passado que não tivemos assalto a banco.
Precisamos ver o que foi feito para
conseguirmos este resultado".
A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS). Porém, até o fechamento desta edição, não conseguiu falar com o titular Delci Teixeira,
que estava em reunião.
Explosão
Enquanto o Governo procura soluções para os ataques, foi a vez da população de Redenção (a
55Km de Fortaleza) ser amedrontada por um bando que destruiu o prédio onde funcionava a agência do Bradesco. De julho de 2013 até
ontem, três instituições financeiras instaladas
na cidade foram alvos de bandidos.
Ontem, os moradores passaram pelo local só
para ver o estrago feito ao banco e
comentavam com os conhecidos o susto que
passaram ao ouvir a explosão e iam embora
desacreditados de que o problema terá
solução. Uma professora aposentada
(identidade preservada), que mora no
quarteirão onde ficam três agências, disse que
já pensa em se mudar, porque não consegue
mais conviver com o medo.
"Não tenho mais saúde para viver com este
temor. Queria ter paz, ao menos dentro de
minha residência. Quando eles explodem os
bancos, ouço quando passam correndo pela
calçada; escuto as ameaças de morte que
fazem a quem se aproxima. Sinto uma
indignação muito grande de saber que estas
pessoas inconsequentes estão livres para
colocar mais cidades, mais pessoas em risco",
declarou a professora.
A dona de casa Maria de Lourdes Batista
conta que estava em casa com duas crianças,
quando ouviu a primeira explosão. "Meus filhos
acordaram assustados e eu tive muito medo
de não ter como protegêlos. Logo depois,
aconteceu um estrondo muito maior. A casa
tremeu e eu fiquei sem saber o que fazer. Não
podia correr para a rua e arriscar ser morta.
Só podia rezar para as paredes não caírem".
Quem precisou dos serviços da agência
também enfrentou problemas. Ao encontrar o
prédio no chão, os clientes buscaram
informações, mas ouviram orientações
desencontradas dos funcionários do local. O
gerente disse à reportagem que um posto de
atendimento, localizado no Centro de
Redenção, deverá atender à população,
enquanto a agência passará por uma reforma,
que ainda não tem previsão de ser iniciada,
nem finalizada.
Nada subtraído
A perita Sônia Silva, da Perícia Forense do
Ceará (Pefoce), disse que nada foi levado do
banco. A quantidade excessiva de dinamites
utilizada pelo bando impossibilitou que os
suspeitos chegassem ao cofre da agência.
"Uma laje de uns três metros caiu em cima do
cofre. Não tinha como ser retirada. Eles
acabaram desistindo e fugiram. Os quatro
caixas eletrônicos que ficam no
autoatendimento estão intactos", afirmou Sônia
Silva.
Projéteis de fuzil calibre 556 e de pistola
calibre ponto 40 foram recolhidos pela perita.
Segundo ela, as balas teriam sido disparadas
no confronto entre a Polícia e os bandido.
Um dos PMs que participou do tiroteio disse
que quatro militares enfrentaram cerca de 15
homens, que estavam divididos em vários
pontos da cidade. "Estavam divididos estrategicamente e uns protegiam os outros.
Não vieram para brincar. A intenção deles era
impedir a chegada da Polícia, porque queriam
atacar os três bancos que ficam no quarteirão.
Não se importariam se tivessem matado todos
nós", disse o soldado Fabrício Lima, da 2ªCia
do 4ºBPM (Baturité).
Uma Hilux, roubada no Centro de Redenção
pouco antes da explosão foi encontrada
abandonada na estrada que dá acesso à
Palmácia. As câmeras de segurança que ficam
nas proximidades do banco mostram os
suspeitos fugindo em uma picape Fiat Strada,
de cor branca; em um Fiat Siena, de cor preta;
e em algumas motocicletas. Por enquanto,
ninguém foi preso.
Fonte: DN
3 comentários:
ISSO MESMO PQ A MAIORIA DOS ASSALTOS SÃO QUADRILHAS INTERESTADUAIS.
agora vai a pf tem moral e coloca medo e prende bandidos
Isso nada meu povo, o q falta é arrocho prá essa bandidagem, roubam hoje, amanhã tá solto, quem vai temer em assaltar os bancos se nada de ruim acontecem com eles? falta é pau e chumbo grosso na acra dessa bandidagem.
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