Uma mulher presa na operação da
Polícia Civil participava de um esquema para aliciar parentes de detentos.
A equipe
da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) deflagrou uma operação na
Capital e Região Metropolitana, que terminou com a prisão de quatro pessoas e a
apreensão de mais de 50 quilos de drogas e de vasto material, que deveria ser
entregue a detentos da Casa de Privação Provisória I (CPPPL I), em Itaitinga.
De acordo com a Polícia, uma das pessoas detidas aliciava familiares de presos,
para se cadastrarem como visitantes nas penitenciárias e entrarem com os
objetos ilegais. Conforme
o diretor da DCTD, delegado Pedro Viana, a ação policial teve início, na última
quarta-feira, quando uma denúncia anônima deu conta de que seria feita uma
entrega de entorpecentes, na Jurema, em Caucaia. Os policiais passaram a
investigar e conseguiram avistar uma movimentação suspeita, na Avenida Edson da
Mota Correia, na mesma região.
"Nós
começamos a seguir dois veículos e avistamos três pessoas em dois veículos.
Vimos quando eles pararam, conversaram e o motorista de um dos carros desceu e
o passageiro de outro tomou a direção do veículo. Quando o carro retornou, nós
fizemos a abordagem e encontramos 50 quilos de maconha prensada, no
porta-malas", disse Pedro Viana.
A bordo
de um dos automóveis estavam Matheus Oliveira Amora da Silva, o 'Pepeu', 20, e
o paulista Adriano Carlos de Menezes, 42. Com a dupla, a Polícia apreendeu R$
2.357, em espécie. Durante a abordagem, os agentes da DCTD descobriram que
'Pepeu' tinha um ponto de apoio, na cidade de Maracanaú.
Na manhã
de quinta-feira, os policiais foram até o local onde a comparsa do suspeito
estava. Na Rua 27, do Conjunto Jereissati II, encontraram Morgania de Lima
Nóbrega, 28, em posse de 75 celulares, 90 chips, 20 baterias, 50 carregadores,
30 fones de ouvido, duas cerras pequenas, caixas de cola massa, ferramentas para
fazer escavações e um 'peão' de crack. Ela já respondia na Justiça por ter
tentado entrado com celular num presídio.
Segundo a
Polícia, Morgânia Nóbrega participava de um esquema de aliciamento de
familiares de detentos, para que eles introduzissem o material nos presídios.
Alguns dos objetos já estavam embalados e tinham no pacote as iniciais dos
presos que deveriam recebê-los.
Ela
confessou a prática criminosa e disse que uma mulher, que não teve o nome
revelado, comprava os celulares e entregava a ela, apenas para que conseguisse
um jeito de entregar aos presos. Na casa da suspeita, foram achados os
documentos de Claudênia de Sousa Oliveira da Silva, 26, que foi detida, na Rua
Desembargador Gomes Parente, bairro Parangaba, na Capital.
No local,
foram encontradas 1.094 gramas de crack, 548 gramas de cocaína, uma balança de
precisão e sete frascos de bicarbonato de sódio. Claudênia confirmou ser
parente de um detento da CPPL I e disse que seus documentos estavam com
Morgânia, para que ela fosse cadastrada e participasse do esquema. "O que
percebemos é que havia o recrutamento destas pessoas, por parte da Morgânia.
Esta é a primeira vez que nos deparamos com um fato deste tipo, mas ficamos
contentes de termos chegado até elas, porque um celular na prisão é um arma
muito perigosa. Somente um detento, iria receber 11 aparelhos", disse
Viana.
Investigações
O diretor
da DCTD disse que serão feitas investigações e o fato será comunicado ao núcleo
de Inteligência da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus)e à Controladoria
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do
Estado (CGD), para que eles contribuam com as apurações.
"Parte
da droga e alguns celulares já estavam embalados para serem introduzidos nas
partes íntimas das mulheres. Vamos comunicar à Sejus e à CDG, para que eles
também investiguem a possibilidade de algum servidor do Sistema Penitenciário
estar facilitando a entrada destes objetos", disse o delegado.
A Sejus
informou que a CPPL 1 ainda não tem body scanner (scanner corporal), "mas
terá". Segundo o órgão, o equipamento está sendo montado e validado. Neste
fim de semana, o aparelho que faz uma varredura por Raio X no corpo, começará
funcionar na Unidade Penal de Caucaia (Carrapicho).
Márcia Feitosa
Repórter
Repórter
Fonte: DN
Um comentário:
os meninos sao danados... hehe'
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