Fortaleza é a 7ª cidade mais violenta do mundo,
de acordo com estudo realizado pela organização não governamental (ONG)
mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal. Conforme a
ONG, das 50 cidades mais violentas, 16 estão localizadas no Brasil.
O estudo aponta que 2.754 homicídios foram
registrados na capital cearense. Fortaleza está, então, em 7º no ranking da
ONG, com 72,81 mortes violentas para cada 100 mil habitantes. Em nota, a
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirma não ter tido
acesso aos dados metodológicos da pesquisa e, por isso, não pode comentar os
números expressos no estudo.
A cidade mais violenta do mundo é San Pedro
Sula, em Honduras, com taxa de 187,14 homicídios para um grupo de 100 mil
habitantes. Caracas, capital da Venezuela, é o segundo lugar do ranking, com
taxa de 134,36 homicídios.
O Brasil, segundo a ONG, está entre os países
com maiores problemas de violência e é o país com mais cidades entre as 50 mais
violentas. Dessas 50, 16 estão no Brasil, 9 no México, 6 na Colômbia, 5 na
Venezuela, 4 nos Estados Unidos, 3 na África do Sul, 2 na Honduras e uma El
Salvador, Guatemala, Jamaica e Porto Rico.
Cidades brasileiras no ranking
Conforme o estudo, Maceió é a cidade brasileira
mais violenta. Em 5º lugar no ranking, a capital alagoana registrou em 2013
taxa de 79,76 homicídios para cada 100 mil habitantes. Também aparecem na lista
as cidades: João Pessoa (9º, com 66,92), Natal (12º, com 57,62), Salvador (13º,
com 57,51), Vitória (14º, com 57,39), São Luís (15º, com 57,04), Belém (23º,
com 48,23), Campina Grande (25º, com 46,00) Goiânia (28º, com 44,56), Cuiabá
(29º, com 43,95), Manaus (31º, com 42,53), Recife (39º, com 36,82), Macapá
(40º, com 36,59), Belo Horizonte (44º, com 34,73) e Aracaju (46º, com 33,36).
Critérios do estudo
Segundo a ONG, o ranking é elaborado baseado no
cálculo do número de homicídios registrados em cada cidade dividido pelo numero
de habitantes, de acordo com o censo do ano analisado, e multiplicado por 100
mil. Para ser estudado pela ONG, as cidades precisam ter uma unidade urbana
definida e ter mais de 300 mil habitantes.
Os números de homicídios considerados pela
organização devem corresponder as definições universalmente aceitas, tais como
de homicídio doloso ou culposo, e todas as estimativas e metodologia devem ser
verificadas e replicadas, além das informações terem de ser acessíveis através
da internet.
As fontes principais consideradas pela ONG são
dos estudos periódicos de incidência penal (e sistemas operacionais justiça
criminal) do Escritório de Drogas e Crime das Nações Unidas; números relativos à mortalidade da
Organização Mundial de Saúde; números do
governo sobre a incidência criminal.
Mais policiais e premiação
Durante a coletiva, o secretário de Segurança,
Servilho Paiva, ainda afirmou que 1.100 novos policiais estarão nas ruas até a
Copa do Mundo, no mês de junho. Sobre a gratificação, anunciada ainda no último
mês de dezembro, para os policiais que reduzirem os índices de criminalidade na
região em que trabalham, o secretário afirmou que as metas e recompensas serão
divulgadas a 15 dias.
Para tentar reduzir os índices de violência no
estado, a SSPDS também havia anunciado em
dezembro que serão criadas as Áreas Integradas de Segurança, uma divisão
do estado em 18 áreas integradas; a Grande Fortaleza abrange seis áreas. Dessa
forma, os policiais responsáveis por cada área terão uma meta e, caso cumpram,
receberão a premiação.
Fonte: DN e G1CE
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