Operação da SSPDS em 28 bairros das zonas
Central e Oeste deu início à nova estratégia para reduzir homicídios.
As polícias Civil e Militar iniciaram, ontem, em
Fortaleza, a primeira grande ofensiva conjunta de combate ao crime, de acordo
com o novo modelo de gestão da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS).
O objetivo da ação articulada pelos órgãos
vinculados da SSPDS é conter a onda avassaladora de homicídios dolosos,
latrocínios e lesões corporais seguidas de morte na Capital, denominados
tecnicamente pela secretaria como Crimes Violentos, Letais e Intencionais
(CVLI).
A região escolhida para a deflagração das
operações foi a Área Integrada de Segurança Um (AIS 1), que compreende 28
bairros, numa extensa faixa territorial que vai do Centro de Fortaleza à zona
Oeste.
A AIS-1, de acordo com s SSPDS, abrange as
seguintes comunidades, Praia de Iracema, Centro, Moura Brasil, Jacarecanga,
Monte Castelo, Ellery, Carlito Pamplona, Pirambu, Quintino Cunha, Vila Velha,
Barra do Ceará, Jardim Guanabara, Álvaro Weyne, Jardim Iracema, Alagadiço,
Amadeu Furtado, Benfica, Parquelândia, Bom Futuro, Damas, Farias Brito, Jardim
América, Parque Araxá, Rodolfo Teófilo e Presidente Kennedy.
Cerca de 100 policiais civis e militares, com o
apoio do Corpo de Bombeiros, de um helicóptero da Coordenadoria Integrada de
Operações Aéreas (Ciopaer) e equipes da AMC iniciaram a operação por volta das
16 horas, na Praça de São Thiago, na confluência das avenidas Radialista José
Limaverde e Costa Oeste (Vila do Mar), Barra do Ceará.
Flagrantes
A ação foi chefiada pessoalmente pelo
coordenador do Comando do Policiamento da Capital (CPC), coronel João Batista
Bezerra dos Santos; pelo delegado da seccional AIS-1 (34º DP), Romério Almeida;
pelo diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Jairo Pequeno, e
pelo comandante interino do 5º BPM, major Adrianízio.
Logo nas primeiras duas horas de operação, mais
de 20 motocicletas e ciclomotores que transitavam irregulares foram apreendidos
pela PM com o apoio da AMC. Segundo o major Océlio Alves, comandante da 3ªCia.
do 5º BPM (Pirambu), essas apreensões são importantes por os veículos de duas
rodas são os preferidos dos criminosos para fuga após o cometimento de assaltos
e homicídios.
Segundo o delegado seccional Romério Almeida,
além da apreensão dos veículos, foram lavrados flagrantes por tráfico de
drogas, apreensão de crack, maconha, além da identificação e interdição de
vários pontos comerciais que vinham funcionando de forma ilegal, como um clube
no bairro Jardim Iracema, que vinha promovendo nos fins de semanas bailes
funks, onde foram registrados atos de violência de gangues.
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| Em menos de duas horas, a Polícia Militar e as equipes da AMC apreenderam várias motocicletas que trafegavam na zona Oeste de forma irregular. São veículos desse tipo os mais usados por bandidos para fuga após assaltos e assassinatos |
Operações
Para não superlotar as delegacias plantonistas
da AIS-1 (7º e 34º DP, no Pirambu e Centro, respectivamente), foi montado um
plantão extra com escrivães e inspetores do 33º DP (Goiabeiras), onde foram
lavrados os flagrantes e Termos Circunstanciados de Ocorrência (T.C.O.s).
No Pirambu, onde no ano passado foram
registrados cerca de 50 homicídios dolosos, a operação foi comandada pelo
coronel Batista e pelo major Alves, resultando na apreensão de vários veículos
irregulares, detenção de suspeitos e na ocupação policial pontos onde vinham
ocorrendo constantes conflitos armados entre gangues, como a Praça do Abel,
Quadra do Chico dos Ovos, Caldeirão e a Vila do Mar.
Na Avenida da Independência, no bairro Quintino
Cunha, a PM prendeu Pedro Davi Barroso da Penha e Antônio Carlos da Silva Alves
com vários papelotes de maconha, crack, celulares e dinheiro da venda das
drogas. Já na Rua Rosalvo Quinderé, Rafael Ferreira Viana foi preso também com
drogas.
Estratégia
A implantação das Áreas Integradas de Segurança
(AIS) foi a fórmula encontrada pela equipe do secretário da Segurança Publica
do estado, Servilho de Paiva, com o objetivo de melhor monitorar e combater o
avanço do tráfico e, consequentemente, conter as altas taxas de CVLIs.
Conforme dados da SSPDS, em todo o Estado, 4.462
pessoas foram assassinadas em 2013, o que representa uma taxa de 50,83 mortes
por cada grupo de 100 mil habitantes.
FERNANDO RIBEIRO/EDITOR DE POLÍCIA
FONTE: DN
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