“O meliante reagiu, central”,
“houve troca de tiro”, “estamos nos encaminhando para o hospital”. Assim que
ouviu o relato dos companheiros no rádio, Sórdio, cabo PM atuante na
operacionalidade, logo determinou a sua guarnição que deslocasse para ver a
cara do bandido. “Vamo lá, gosto de ver a cara dos malas que se metem contra a
polícia”. Ligaram o giroflex e deslocaram, com o entusiasmo de quem vai saudar
os companheiros após uma batalha vencida.
Lá chegando, a clássica cena:
fundo da viatura virado para a enfermaria, e o médico afirmando que o suspeito
já estava morto. Que era preciso aguardar que uma maca vagasse para que o corpo
já fosse encaminhado ao necrotério. Por algum motivo, Sórdio assustou-se, focou
o olhar no tênis do defunto, e foi subindo as vistas até emocionar-se com
aquele rosto desanimado, mas ainda com réstias de desespero. “Depois de ver
cenas tão mais chocantes, o cabo ia tremer com um vagabundozinho?”, pensou um
colega.
Sórdio reconhecera o tênis, que
tinha comprado dois dias antes para seu filho. Após esta ocorrência, o cabo
Sórdio foi trabalhar no administrativo, criou grande rancor dos colegas que
mataram seu menino, e ainda hoje tenta provar que houve abuso por parte dos
policiais.
Via Prosopolícia
6 comentários:
Que esta mensagem sirva de lição para todos, principalmente para os policiais. Lembrem que aquele suposto "bandido", qualificado por vocês, antes, é um filho, um ser humano. Fejiz Natal!
Olá
Sou Raymundo José
do Blog do Raymundo José
www.raymundjose.blogspot.com
e preciso do e-mail de vocês para uma ótima parceria
AGUARDO
Raymundo José
Concordo com o anônimo e sem esquecer q merecemos respeito
Pode ser filho de quem for; bandodo é bandido e pronto.
Vai, vai tendo pena de bandido para ver o que eles vão fazer com vc!
A lei é dura, mas é a lei. Se é bandido não importa a origem. Bandido bom é bandido morto.
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