Além dos oito detentos assassinados s na CPPL I, mais três presos foram mortos em outras duas unidades prisionais.
É de turbulência o clima nas unidades do Sistema Penal instaladas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A rivalidade entre grupos criminosos encarcerados e as rixas pessoais entre os detentos provocaram, nos últimos cinco dias, uma sequência de incidentes que resultaram em 11 mortes violentas.
O mais grave dos episódios sangrentos ocorreu na madrugada da última segunda-feira (11), quando oito detentos da Casa de Privação Provisória da Liberdade Agente Luciano Andrade Lima, a CPPL I, situada em Itaitinga (27Km de Fortaleza), morreram vítimas de asfixia e queimaduras durante uma briga. Outros 10 feridos ainda estão hospitalizados no Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro).
No dia anterior, domingo (10), um detento da Casa de Privação Provisória da Liberdade Desembargador Francisco Adalberto de Oliveira Barros Leal, a CPPL do Carrapicho, em Caucaia, foi espancado até a morte, conforme foi apurado por policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A identidade do presidiário morto não foi revelada.
A sequência de crimes nos presídios da Grande Fortaleza teve continuidade na última quarta-feira (13), quando mais dos detentos acabaram sendo executados a golpes de cossoco. Desta vez, o palco dos homicídios foi a Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Clodoaldo Pinto, a CPPL II, também em Itaitinga. Pela manhã, por volta de 7h36, foi encontrado o corpo do presidiário José Gilliard Costa e Silva. À noite, às 18h50, o segundo crime aconteceu na mesma unidade, tendo como vítima o detento Fábio de Lima Ramos.
Mistério
Em ambos os casos, as autoridades não divulgaram os nomes dos acusados, tampouco os motivos dos assassinatos. Os corpos dos internos foram recolhidos, horas depois dos crimes, pela equipe do rabecão da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Na briga que terminou em chacina na CPPL I, na madrugada de segunda-feira, morreram os seguintes detentos, Antônio Maurício dos Santos Aguiar, Benedito Freitas Vieira, Jonathan de Oliveira Albuquerque, José Reinaldo de Lima, Paulo Roberto Pinto de Oliveira, Idaílson Macedo da Costa e Francisco Alexandre Félix do Nascimento, além de um preso que não foi ainda identificado.
Superlotados
O quadro nas unidades penais situadas na Grande Fortaleza é o mesmo que se apresenta nas delegacias de Polícia Civil. Todos estão com lotação de presos acima da sua capacidade.
O último levantamento oficial feito pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus), e colocado no site da instituição, em dezembro último, revelou que nas 14 maiores unidades penais do Ceará, incluindo as CPPLs e as penitenciárias industriais de Sobral e de Juazeiro do Norte, havia cerca de 11 mil presos. Acrescidos a este contingente os detentos das cadeias públicas, o número saltou para 17.657 presos. Mas, se aos 17, 6 mil detentos forem somados também os presos das delegacias de Polícia Civil, o total chega a 18.645 presidiários.
FERNANDO RIBEIRO/
EDITOR DE POLÍCIA
Fonte: DN/Foto: Viviane Pinheiro
Um comentário:
Estes sim tiveram prisão perpetua, condenação dado por bandidos que não se enquadra em seu meio a morte, enquanto só podemos ver eles serem presos por crimes cometidos contra cidadãos e logo serem soltos, é isso ai, por isso bandidos cuidados com aqueles bandidos que prometem e jugam.
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