16 de outubro de 2011

GREVE DA POLÍCIA CIVIL: APENAS DUAS DISTRITAIS FUNCIONANDO

Sem saberem da greve, muitas pessoas procuraram as delegacias que não estavam de plantão
Com a retomada do movimento grevista pela Polícia Civil, decidida em assembleia realizada na noite da última sexta-feira (14), apenas cinco delegacias - sendo duas distritais - funcionaram durante o dia de ontem.
Desde as oito horas da manhã, somente 30% do efetivo estava trabalhando. Em Fortaleza, atendendo à escala estabelecida pelo Sindicato dos policiais civis (Sinpoci), apenas quatro delegacias funcionaram.
Foram o 5º DP (Parangaba), 12º DP (Conjunto Ceará), Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no Centro; e a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), no bairro Olavo Bilac. Na Região Metropolitana de Fortaleza, esteve de plantão somente a Delegacia de Caucaia.

Como muitas pessoas ainda não tinham tomado conhecimento do movimento, procuraram delegacias que estavam fora da escala do plantão e não conseguiram ser atendidas. No 34º DP (Centro), por exemplo, o policial que estava na permanência informou que dezenas de pessoas tinham voltado sem atendimento. "Chegavam aqui querendo fazer boletins de ocorrência e informávamos que teriam de procurar o 5º DP ou o 12º DP", disse o policial à equipe de reportagem.

A ausência de faixas ou cartazes que informassem sobre o movimento, na fachada do 34º DP, não facilitava a vida das pessoas. "Achei só que estava tudo calmo. A porta aberta, nenhuma faixa, cartaz, nada dizia que estava acontecendo greve. Como vamos adivinhar?", questionou o eletricista Paulo Sérgio, que perdeu seus documentos no bairro Otávio Bonfim e procurou o 34º DP para registrar a ocorrência.

Movimentada

No 5º DP (Parangaba), uma das delegacias escaladas para o plantão na Capital, o movimento foi intenso. Pela manhã, diversas pessoas esperavam pela sua vez para registrar boletins de ocorrência.

Naquela mesma distrital, dois representantes do Sinpoci - usando camisas do movimento - acompanhavam o desenrolar dos atendimentos. "Entendo que, às vezes, só uma greve chama a atenção para a categoria. Mas os profissionais que estão fazendo o movimento tem que pensar na população também. Precisamos correr para um lado e outro quando necessitamos de atendimento. Então, podiam aumentar o número de delegacias funcionando na greve", avaliou a fisioterapeuta L.S., 28.
Fonte: DN
CAMOCIM POLÍCIA24HS

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