17 de setembro de 2019

MAIS DE MIL PMS CEARENSES SÃO AFASTADOS, POR ANO, PARA TRATAMENTOS PSIQUIÁTRICOS


O dado contabilizado pela Associação dos Praças da Polícia Militar e dos Bombeiros, a partir da soma de estatísticas de 2015 até agosto de 2019, mostra a necessidade de ofertar tratamento adequado aos servidores da Corporação

Uma rotina de trabalho, muitas vezes, cercada pelo pensamento: matar ou morrer? Quando um policial militar se forma, ele jura servir à pátria "mesmo com o risco da própria vida". A escalada da violência no Ceará foi acompanhada diretamente pelo aumento de militares, da Corporação do Estado que precisaram se ausentar das suas funções devido a licenças médicas para tratamentos psiquiátricos.

De acordo com dados da Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (Aspramece), de janeiro de 2015 até agosto de 2019, pelo menos, 5.188 policiais militares foram afastados devido a transtornos mentais - uma média superior a mil casos anualmente. Neste ano, já são 840 licenças para tratamentos psiquiátricos, número que supera os 761 afastamentos de 2018.
Para a Aspramece, os números elevados são resultado de décadas de omissão do Poder Público. Quem vivenciou o desequilíbrio emocional enquanto PM também garante que se sentiu desimportante perante seus superiores na Corporação. "Eu entregava atestado assinado pelo psiquiatra e era humilhado. Diziam que eu estava enrolando para faltar o serviço".

A fala é de um soldado, atualmente reformado. Sob a condição de não ser identificado, o homem que esteve na ativa durante uma década, conta que sofreu perseguição e que os oficiais não deram a devida atenção ao seu problema de saúde. "Minha vida era normal e depois fiquei estressado com o meu serviço. Sofri muita humilhação. Não era respeitado. Precisei de ajuda porque já vinha perdendo o controle e discutindo com os meus chefes", disse o militar.

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