Além da contratação de mais psicólogos, um
estudo deve identificar as principais causas de suicídios e tentativas de
suicídio na corporação.
Após os casos de violência envolvendo
policiais militares, durante o Carnaval, o titular da Secretaria da Segurança Pública
e Defesa Social do Ceará (SSPDS), André Costa, afirmou que o atendimento
psicológico a agentes de segurança será reforçado com a contratação de novos
profissionais especializados.
Mais de 4 mil atendimentos foram prestados a
policiais e familiares de primeiro grau, em 2018, no segundo ano de
funcionamento da Assessoria de Assistência Biopsicossocial da SSPDS. Em 2017, o
núcleo inaugurado em meados de junho realizou cerca de 800 atendimentos,
segundo Costa.
Atualmente, esse tipo de suporte é fornecido
por uma equipe formada por apenas três psicólogos e sete estagiários - para uma
corporação de quase 20 mil PMs, além de servidores da Polícia Civil, Perícia
Forense e Corpo de Bombeiros. André Costa reconhece que o número “ainda não é o
suficiente” e ressalta que já foi autorizada a contratação de novos
profissionais dentro da Polícia Militar e, outros, através da SSPDS.
A medida, porém, seria apenas “emergencial”.
“Temos um projeto maior, que foi concluído recentemente, pra gente dar
atendimento não só na parte psicológica, psiquiátrica, mas uma geral da saúde
do policial. A nossa ideia é prevenir e evitar o adoecimento e, caso isso
aconteça, a gente possa ampliar o atendimento”, explica Costa.
O secretário afirma ainda que um estudo deve
ser realizado pela Pasta em parceria com uma universidade cearense, para
investigar o “adoecimento psicológico” de alguns profissionais, que pode levar
a suicídios, tentativas de suicídio e a lesões em familiares, “especialmente as
esposas”.
“Queremos saber o que tem levado o policial a
se suicidar. Pode ser uma infinidade de problemas. Pode ser não só o estresse,
já que é uma profissão reconhecidamente estressante; além disso, tem problemas
financeiros, familiares, assédio moral? Queremos abrir esses dados pra
universidade”, explica.
Casos
Na madrugada de segunda-feira (4), por volta
das 3h30, um sargento da PM matou a esposa a tiros, feriu um amigo e cometeu
suicídio em seguida. O fato ocorreu em uma casa de praia em Paracuru, no
Litoral Oeste do Ceará. Na noite do mesmo dia, um subtenente, que não teve a
identidade revelada, atirou na esposa em uma residência localizada na Rua
Vicente Spíndola, no Bairro Montese, em Fortaleza.
Fonte: DN
Um comentário:
E fora um policial de camocim que tbm cometeu suicídio.
Na minha opinião isso já deveria ter acontecido pois eles recebem muita pressão psicológica.
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