8 de março de 2019

APOIO PSICOLÓGICO A POLICIAIS MILITARES SERÁ REFORÇADO APÓS TRAGÉDIAS COM PM’S E FAMILIARES


Além da contratação de mais psicólogos, um estudo deve identificar as principais causas de suicídios e tentativas de suicídio na corporação.

Após os casos de violência envolvendo policiais militares, durante o Carnaval, o titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), André Costa, afirmou que o atendimento psicológico a agentes de segurança será reforçado com a contratação de novos profissionais especializados.
Mais de 4 mil atendimentos foram prestados a policiais e familiares de primeiro grau, em 2018, no segundo ano de funcionamento da Assessoria de Assistência Biopsicossocial da SSPDS. Em 2017, o núcleo inaugurado em meados de junho realizou cerca de 800 atendimentos, segundo Costa.
Atualmente, esse tipo de suporte é fornecido por uma equipe formada por apenas três psicólogos e sete estagiários - para uma corporação de quase 20 mil PMs, além de servidores da Polícia Civil, Perícia Forense e Corpo de Bombeiros. André Costa reconhece que o número “ainda não é o suficiente” e ressalta que já foi autorizada a contratação de novos profissionais dentro da Polícia Militar e, outros, através da SSPDS.
A medida, porém, seria apenas “emergencial”. “Temos um projeto maior, que foi concluído recentemente, pra gente dar atendimento não só na parte psicológica, psiquiátrica, mas uma geral da saúde do policial. A nossa ideia é prevenir e evitar o adoecimento e, caso isso aconteça, a gente possa ampliar o atendimento”, explica Costa.
O secretário afirma ainda que um estudo deve ser realizado pela Pasta em parceria com uma universidade cearense, para investigar o “adoecimento psicológico” de alguns profissionais, que pode levar a suicídios, tentativas de suicídio e a lesões em familiares, “especialmente as esposas”.
“Queremos saber o que tem levado o policial a se suicidar. Pode ser uma infinidade de problemas. Pode ser não só o estresse, já que é uma profissão reconhecidamente estressante; além disso, tem problemas financeiros, familiares, assédio moral? Queremos abrir esses dados pra universidade”, explica.

Casos

Na madrugada de segunda-feira (4), por volta das 3h30, um sargento da PM matou a esposa a tiros, feriu um amigo e cometeu suicídio em seguida. O fato ocorreu em uma casa de praia em Paracuru, no Litoral Oeste do Ceará. Na noite do mesmo dia, um subtenente, que não teve a identidade revelada, atirou na esposa em uma residência localizada na Rua Vicente Spíndola, no Bairro Montese, em Fortaleza.

Fonte: DN

Um comentário:

Anônimo disse...

E fora um policial de camocim que tbm cometeu suicídio.
Na minha opinião isso já deveria ter acontecido pois eles recebem muita pressão psicológica.