O agricultor afirmou que entrou na casa ao
lado alcoolizado, e após tomar um banho, subtraiu os objetos por pensar que
eram dele
O agricultor G.M.S., 36, permanece, há três
meses, detido na Cadeia Pública de Iguatu, região Centro Sul do Ceará, pelo
furto de um pacote de biscoito, um par de chinelos e um talher da casa de uma
vizinha. G.M.S. confessou a situação durante atendimento com a Defensoria
Pública do Ceará, por meio do projeto “Defensoria em Movimento”, nesta
terça-feira (11), no bairro Flores, em Iguatu.
Na Delegacia, o agricultor afirmou que entrou
na casa ao lado alcoolizado, e após tomar um banho, subtraiu os objetos por
pensar que eram dele. De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 8
de setembro de 2018, as moradoras da casa vizinha, de 70 e 77 anos, chegaram e
encontraram o vizinho no interior da residência. As vítimas acionaram a
polícia, que recolheu G.M.S.
O acusado, analfabeto, assinou seu depoimento
com o dedo. Antes de ser preso, trabalhava na roça recebendo R$ 40 pelo dia de
serviço. Na época da prisão, uma fiança foi arbitrada no valor de um salário
mínimo, com a qual o suspeito não pôde arcar. “É triste o Sistema de Justiça não
ter tido a sensibilidade de perceber a condição do detento”, destacou o
defensor público Eduardo Villaça, assessor de Relacionamento Institucional da
Defensoria.
O projeto Defensoria em Movimento realizou
uma força-tarefa de atendimento aos presos provisórios do município durante
dois dias, com a análise de processos judiciais que tramitam na 3ª Vara de
Iguatu, que não possui defensor público. A Cadeia de Iguatu tem capacidade para
55 presos, mas atualmente, abriga 202 homens recolhidos, entre provisórios e
condenados, além de 22 mulheres provisórias e condenadas, de acordo com dados
da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus).
Eduardo Villaça foi quem fez o pedido de
relaxamento de prisão alegando o caráter ilegal da prisão e impetrou habeas
corpus ao Tribunal de Justiça, sob o princípio da insignificância, quando o
delito materialmente examinado deixa de ter significado porque o dano é
irrelevante para o direito penal.
O pedido liberdade foi protocolado
imediatamente no Fórum de Iguatu, já que o processo ainda é físico e não está
digitalizado. “Nos casos em que o furto é de uma coisa de pequeno valor,
entendemos que não faz sentido mover a máquina do sistema de justiça, da mesma
forma que não faz sentido o encarceramento do acusado. Trata-se da inserção de
uma pessoa que não ameaça a sociedade no sistema carcerário, de uma forma
desproporcional ao fato que cometeu. Combatemos isso diariamente”, esclarece.
Os atendimentos do projeto Defensoria em
Movimento acontecem na semana em que a Declaração Universal dos Direitos
Humanos completou 70 anos, no dia 10 de dezembro de 2018. Em um ano de projeto,
cerca de 14 mil pessoas já foram beneficiadas em todo o Ceará, direta ou
indiretamente.
Fonte: DN
7 comentários:
Graças a deus o mesmo foi solto hoje e deve pagar a sua pena com serviços protocolo pela a justiça ou seja pelo no promotor de justiça lá de IGUAL
Desculpa sei que o quê esse homem fez não e certo mais tem gente que roupa muito mais que um biscoito e chinelo ai eu mim pergunto pq não estão presos os que roupão o dinheiro público, os que matam as pessoas esses não estão presos.
O País bagunçado....
Tem que prender mesmo começar assim depois ele leva a televisão da vizinha
Anônimo Anônimo disse...
Graças a deus o mesmo foi solto hoje e deve pagar a sua pena com serviços protocolado pela a justiça ou seja pelo no promotor de justiça lá de Iguatu
correção do comentário
Vou dizer tanto vagabundo para ser preso a justiça prender um cidadao por causa de um biscoito
Vão prender vagabundo caralho em vez de prender alguém por furtar biscoito vão prender quem mata quem roupa quem estrupa
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