13 de dezembro de 2018

AGRICULTOR PERMANECE PRESO HÁ TRÊS MESES EM CADEIA DE IGUATU POR FURTAR BISCOITOS


O agricultor afirmou que entrou na casa ao lado alcoolizado, e após tomar um banho, subtraiu os objetos por pensar que eram dele

O agricultor G.M.S., 36, permanece, há três meses, detido na Cadeia Pública de Iguatu, região Centro Sul do Ceará, pelo furto de um pacote de biscoito, um par de chinelos e um talher da casa de uma vizinha. G.M.S. confessou a situação durante atendimento com a Defensoria Pública do Ceará, por meio do projeto “Defensoria em Movimento”, nesta terça-feira (11), no bairro Flores, em Iguatu.
Na Delegacia, o agricultor afirmou que entrou na casa ao lado alcoolizado, e após tomar um banho, subtraiu os objetos por pensar que eram dele. De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 8 de setembro de 2018, as moradoras da casa vizinha, de 70 e 77 anos, chegaram e encontraram o vizinho no interior da residência. As vítimas acionaram a polícia, que recolheu G.M.S.
O acusado, analfabeto, assinou seu depoimento com o dedo. Antes de ser preso, trabalhava na roça recebendo R$ 40 pelo dia de serviço. Na época da prisão, uma fiança foi arbitrada no valor de um salário mínimo, com a qual o suspeito não pôde arcar. “É triste o Sistema de Justiça não ter tido a sensibilidade de perceber a condição do detento”, destacou o defensor público Eduardo Villaça, assessor de Relacionamento Institucional da Defensoria.
O projeto Defensoria em Movimento realizou uma força-tarefa de atendimento aos presos provisórios do município durante dois dias, com a análise de processos judiciais que tramitam na 3ª Vara de Iguatu, que não possui defensor público. A Cadeia de Iguatu tem capacidade para 55 presos, mas atualmente, abriga 202 homens recolhidos, entre provisórios e condenados, além de 22 mulheres provisórias e condenadas, de acordo com dados da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus).
Eduardo Villaça foi quem fez o pedido de relaxamento de prisão alegando o caráter ilegal da prisão e impetrou habeas corpus ao Tribunal de Justiça, sob o princípio da insignificância, quando o delito materialmente examinado deixa de ter significado porque o dano é irrelevante para o direito penal.
O pedido liberdade foi protocolado imediatamente no Fórum de Iguatu, já que o processo ainda é físico e não está digitalizado. “Nos casos em que o furto é de uma coisa de pequeno valor, entendemos que não faz sentido mover a máquina do sistema de justiça, da mesma forma que não faz sentido o encarceramento do acusado. Trata-se da inserção de uma pessoa que não ameaça a sociedade no sistema carcerário, de uma forma desproporcional ao fato que cometeu. Combatemos isso diariamente”, esclarece.
Os atendimentos do projeto Defensoria em Movimento acontecem na semana em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completou 70 anos, no dia 10 de dezembro de 2018. Em um ano de projeto, cerca de 14 mil pessoas já foram beneficiadas em todo o Ceará, direta ou indiretamente.

Fonte: DN

7 comentários:

Anônimo disse...

Graças a deus o mesmo foi solto hoje e deve pagar a sua pena com serviços protocolo pela a justiça ou seja pelo no promotor de justiça lá de IGUAL

Anônimo disse...

Desculpa sei que o quê esse homem fez não e certo mais tem gente que roupa muito mais que um biscoito e chinelo ai eu mim pergunto pq não estão presos os que roupão o dinheiro público, os que matam as pessoas esses não estão presos.

Anônimo disse...

O País bagunçado....

Anônimo disse...

Tem que prender mesmo começar assim depois ele leva a televisão da vizinha

Anônimo disse...

Anônimo Anônimo disse...
Graças a deus o mesmo foi solto hoje e deve pagar a sua pena com serviços protocolado pela a justiça ou seja pelo no promotor de justiça lá de Iguatu
correção do comentário

Anônimo disse...

Vou dizer tanto vagabundo para ser preso a justiça prender um cidadao por causa de um biscoito

Anônimo disse...

Vão prender vagabundo caralho em vez de prender alguém por furtar biscoito vão prender quem mata quem roupa quem estrupa