9 de fevereiro de 2018

SISTEMA PENITENCIÁRIO CEARENSE ESTÁ LITERALMENTE FALIDO



A insegurança nos presídios é tanta e as fugas tão comuns que a própria Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus) sequer emite mais notas à Imprensa quando acontecem rebeliões ou fugas coletivas (ou em massa). Até hoje não se sabe, verdadeiramente, quantos detentos escapara no ano passado das Casas de privação Provisória da Liberdade (as CPPLs) que formam o Complexo Penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Elas foram “loteadas” pelas facções. Cada grupo criminoso tem um presídio reservado só para seus integrantes. Um deles é para o Comando Vermelho, o outro para o PCC, o terceiro para a GDE e o quarto para a FDN. Siglas que representam um grupo de criminosos que têm seus chefões, aqueles que dão as ordens para matar, praticar atentados, ferir policiais ou incendiar ônibus. Sim, são eles que dão as ordem no Ceará. Um verdadeiro poder paralelo diante do fracasso da política de Segurança Pública estatal.

Enxugando gelo

“Com a idade que tenho, 74 anos, e cuidando agora de 28 mil presos, a sensação é de que passei a vida inteira enxugando gelo”. O desaba foi feito em rede nacional de televisão, através do programa “Fantástico” da Rede Globo, no último domingo (4), pela secretária da Justiça e da Cidadania do Ceará, procuradora de Justiça, Socorro França. Do alto de sua experiência e de seus cabelos brancos, ela sabe o que diz. Socorro França deixou claro sua decepção com o sistema que ela e seus auxiliares administram: o Sistema Penitenciário do Ceará. Corroído pelo poder das facções criminosas, inseguro, abarrotado de presos e sempre à beira de uma explosão, tal sistema está falido em sua principal função prevista na Lei das Execuções Penais: a ressocialização daqueles que entraram no mundo do crime. Hoje, com todas as unidades superlotadas e inseguras, o Sistema carcerário do Ceará segue o exemplo do restante do país, nada mais é que simples conjunto de depósitos de presos.

Fonte: Fernando Ribeiro

3 comentários:

Anônimo disse...

Colocar todos juntos aí acabar o problema.

Anônimo disse...

Aqui em mossoró só são duas facções.:sindicato do crime (sdc)e o pcc já são 38 homicídio e se fosse quatro? Ave Maria 20018 o ano

Anônimo disse...

Em 2017 foi 249 homicídios para 3 policiais civil investigar da delegacia de homicídios.