5 de agosto de 2017

SECRETARIA DE SEGURANÇA CRIA ASSISTÊNCIA JURÍDICA PRA DEFENDER POLICIAIS QUE RESPONDEM PROCESSOS ORIUNDOS DO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO


O titular da Secretaria da Segurança, André Costa, empossou, durante solenidade, 30 advogados que defenderão, voluntariamente, os policiais

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) divulgou, ontem, a criação do Conselho de Defesa do Policial no Exercício da Função (CDPEF), com o objetivo de prestar assistência jurídica a agentes de segurança com processos criminais, disciplinares ou judiciais em aberto.
O titular da Pasta, André Costa, empossou, durante solenidade na Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), 30 advogados que, a partir da próxima segunda-feira (7), defenderão, voluntariamente, policiais acusados de cometer infrações durante o serviço. O Conselho foi criado a partir da Portaria nº 865/2017, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), no último dia 31 de julho.
Conforme o secretário, muitos procedimentos instaurados contra policiais são frutos de más interpretações. "Às vezes, eles têm que tomar decisões em questão de segundos, e isso, muitas vezes, é mal interpretado", afirmou. André Costa alegou ainda que, normalmente, os policiais não têm condições financeira para arcar com advogado e ficam desassistidos.
Além de oferecer assistência gratuita, o CDPEF foi criado também para confrontar o crime organizado, segundo o titular da SSPDS. "É muito comum os próprios presos ou familiares, orientados por advogados, fazerem falsas denúncias para tirar o policial das ruas", justificou.
Para ter o acompanhamento dos advogados, o policial processado deverá procurar a Secretaria da Segurança, apresentar um requerimento e relatar o caso aos conselheiros, que terão o direito de assumir a defesa ou não.

Segundo o presidente do Conselho, advogado Ricardo Valente, a assistência ofertada será de "qualidade". "Aqueles que entenderem pela abertura do procedimento e vindo esse policial a ser inocentado, o Conselho vai tomar as devidas providências e responsabilizar, de maneira legal, aqueles que abriram o procedimento, de maneira arbitrária", afirmou Valente.

Inquéritos

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) divulgou, nesta semana, que o número de inquéritos abertos contra policiais mais que dobrou. Em 2017, até o fim de julho, foram 126 procedimentos, contra 102 abertos em 2016. Ao se comparar a média mensal de cada ano, o aumento no ano corrente é de 111,11%.

Fonte: DN

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