Exigência integra reformulação proposta pela
polícia; sistema que deve monitorar ação do efetivo é outra iniciativa.
A Polícia Militar (PM) prepara uma grande
reestruturação interna que modificará os critérios de ingresso na corporação.
Uma das decisões é a exigência de curso superior para a admissão de novos
soldados. Assim, eles poderão seguir carreira até o último posto (coronel), sem
a necessidade de um novo concurso para o oficialato, como ocorre atualmente.
A mudança na estrutura da carreira é um dos
temas da reformulação, disse ao Estado o chefe do Estado Maior da PM, coronel
Robson Rodrigues. Outra proposta é aumentar o controle da ação policial. Com
apoio do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (Uerj), foi criado sistema de monitoramento de cada um dos cerca de
50 mil PMs, que será usado como critério para promoções e deverá ser
implementado até o meio deste ano.
Os soldados a ser admitidos passarão pelo mesmo
treinamento prático dos oficiais. Os concursos serão mantidos, mas poderão ter
o número de vagas alterado. Essa formação prática vai durar entre um e três
anos, segundo Rodrigues. Para os praças (soldados, cabos e sargentos) que já
estão na PM, será oferecida a possibilidade de formação como tecnólogos. A PM
busca apoio de instituições de ensino para oferecer esse apoio a seus
profissionais. Há conversações com a Universidade Federal Fluminense (UFF)
A PM formou um grupo de 30 especialistas,
treinado há um mês, para apurar “quaisquer sinais de desvio” de policias,
observadas ocorrências e denúncias que chegam à corporação, disse o coronel,
para quem é preciso “humanizar” a polícia.
A reformulação integra um pacote de medidas
anunciadas no começo do ano pela cúpula da segurança do Rio, como a criação do
que a PM chama de companhias integradas de polícia de proximidade, voltadas
para um patrulhamento comunitário, com o emprego de armas de menor calibre, por
exemplo.
O coronel afirmou que o objetivo das reformas é
valorizar a meritocracia na corporação, marcada pela hierarquia. O processo de
reformulação vem sendo elaborado desde 5 de janeiro, quando tomou posse a nova
cúpula da PM, comandada pelo coronel Alberto Pinheiro Neto.
Segundo Rodrigues, “há equívocos, há desvios de
conduta e há erros que precisam ser analisados" no processo de
pacificação. Ele admite que a situação das Unidades de Polícia Pacificadora
(UPPs) é “instável”.
Criado em 2008, o projeto das UPPS passa por questionamentos
da sociedade, já que em favelas consideradas pacificadas pelo governo estadual
continuam ocorrendo confrontos entre criminosos e policiais. No ano passado,
111 PMs foram assassinados no Estado.
O Índice de Proficiência Policial documentará desvios
cometidos por policiais e dados sobre sua atuação, como quantas balas disparou
e o número de autos de resistência cometidos. O índice medirá a capacidade
motora e a saúde física e psicológica dos PMs. Ao final, será calculada uma
média. Os dados serão utilizados para promoções ou para programas de apoio a
policiais.
Fonte: blog do Almança
Um comentário:
NAO PRECISA DE CURSO SUPERIOR..TA PRECISANDO É DE LEI NO PAISTABACCO.
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