Quantidade de unidades capturadas no ano passado
chegou próximo do dobro das apreensões de 2009.
Praticamente dobrou a quantidade anual de armas
de fogo apreendidas no Ceará nos últimos seis anos. Em 2009, as Polícias
apreenderam 3.434 equipamentos, dentre oito modelos. Em 2014, foram 6.224
apreensões em 10 modelos diferentes, segundo dados da Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS). A média do ano passado foi de 17 armas tiradas
das ruas por dia. Ao todo, 21.925 unidades foram apreendidas no Estado pelas
Polícias Civil (PCCE) e Militar (PM) entre 2009 e 2014.
Ao longo destes seis anos, pelo menos 14 modelos
diferentes, de calibres distintos, foram apreendidos no Ceará. A maior
quantidade foi de revólveres. Ano passado, foram 4.057 unidades apreendidas.
Desde 2009, o ano com maior quantidade de apreensões do modelo foi 2012, quando
4.395 foram retidos.
O segundo armamento com maior quantidade de
apreensões entre 2009 e 2014 foi a espingarda. Nos últimos seis anos, 4.438
unidades foram apreendidas em todo o Ceará. Somente ano passado, as Polícias
registraram 1.259 capturas, maior índice do recorte temporal.
As apreensões do modelo, inclusive, vêm em amplo
crescimento. Em 2009, foram 295 unidades. Em 2010, houve o registro de 486. No
ano seguinte, o número saltou para 691. Já em 2012, 785 apreensões. No ano de
2013, ampliou para 922 espingardas.
Governo do Estado pagou mais de R$ 2 milhões em gratificação pelas apreensões feitas |
Crescimento
Na sequência, aparecem as pistolas. A SSPDS
registrou 3.414 apreensões entre os anos de 2009 e 2014. A captura do armamento
também vem em crescimento. De 369 unidades em 2009, o número saltou para 813
ano passado, mais que o dobro de seis anos antes.
O quarto modelo mais apreendido no Ceará foi a
'garrucha'. Ao todo, 293 unidades foram capturadas. A maior contribuição foi o
ano de 2013, quando 90 unidades da arma foram tiradas de circulação. Ano
passado, apenas uma foi apreendida.
Vale também destacar a quantidade de rifles que
a Polícia tirou de circulação no Ceará durante o período. 211 equipamentos
foram capturados, transformando o modelo no quinto com maior quantidade retida.
2014, com 51 apreensões registradas, foi o segundo ano em que mais se pegou o armamento.
Em 2013, foram 61 rifles apreendidos, no ano com maior número de retenções.
Valores
Junto a fontes ligadas às Polícias Civil e
Militar que atuam em investigações, a reportagem buscou informações sobre o
valor do prejuízo dado ao crime, com base nos valores praticados no mercado
ilegal de venda de armas de fogo.
Segundo as informações obtidas junto aos
policiais, um revólver calibre 38 custaria aproximadamente R$ 2.500, de acordo
com revelações feitas por bandidos ao serem presos.
Já uma espingarda de calibre 12 seria negociada
por aproximadamente R$ 5.500, segundo os criminosos. Uma pistola ponto 40, por
sua vez, seria encontrada no mercado ilícito à venda pelo valor de R$ 6.000.
Desta forma, a quantidade de apreensões nos
últimos seis anos, somando apenas estes três modelos, estaria avaliada em R$
99,7 milhões em armamentos. Segundo os preços informados pelos criminosos, em
2014, o valor seria de R$ 21,9 milhões nestes modelos de armas de fogo
capturadas, que incluem revólveres, pistolas e espingardas.
Incentivo
Como forma de encorajar os policiais a
realizarem cada vez mais apreensões de armas de fogo, o Governo do Estado do
Ceará, por meio da SSPDS, recompensou os agentes com o pagamento de mais de R$
2 milhões em premiações pelo trabalho.
"A gratificação por apreensão de armas foi
instituída pelo Governo do Estado do Ceará como forma de estímulo à tropa ao
enfrentamento da violência. O valor da gratificação varia de acordo com a arma
apreendida", informa o órgão.
Levi de freitas
Repórter
Fonte: DN
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