Agentes prisionais e diretor da cadeia pública
de MT foram presos. Duas mulheres teriam auxiliado na fuga de 28 detentos em
Nova Mutum.
A Polícia Civil confirmou que os dois agentes
prisionais que atuam na Cadeia Pública de Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, foram
dopados por duas mulheres na madrugada desta quinta-feira (5), o que resultou
na fuga de 28 detentos da unidade. A delegada responsável pelo caso, Angelina
de Andrade Ferreira, contou que uma das mulheres é namorada de um dos presos e
teria ido até à cadeia acompanhada de
uma amiga, com bebidas alcoólicas para entregar ao companheiro.
Depois da entrega, elas teriam ficado na frente
da unidade prisional conversando com os agentes, que foram dopados por alguma
substância química ainda não identificada pela polícia. A delegada informou que
os agentes teriam sido negligentes quanto a guarda dos presos. "O plano
era seduzi-los . Elas deram algo para os agentes beberem e depois abriram
a grade central de acesso as celas
internas", explicou.
Segundo a Polícia Civil, os agentes prisionais e
o diretor da Cadeia Pública de Nova Mutum foram presos por facilitação da fuga
dos 28 reeducandos e estão. Os três servidores estão detidos na Cadeia de Santo
Antônio do Leverger e vão responder por facilitação qualificada de fuga de
presos, sob sua custódia, e peculato culposo pela subtração de armamento da
cadeia.
O detento namorado de uma das jovens foi
identificado pela polícia como o autor do plano. Ele abriu as cinco celas da
unidade após obter as chaves pela namorada e fugiu juntamente com os outros 27
reeducandos. "Tudo indica que ele planejou e executou com auxílio da
namorada", disse a delegada. O suspeito responde pelos crimes de roubo,
tentativa de homicídio, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo.
Da cadeia, os detentos furtaram três espingardas
calibre 12, dois revólveres calibre 38 e várias munições. Uma espingarda foi
recuperada e quatro dos 28 presos recapturados até o momento. A Polícia Militar
realiza buscas por toda a região para localizar os foragidos.
A Polícia Civil informou também que irá analisar
as imagens do circuito de segurança para confirmar a identidade das mulheres
que teriam auxiliado na fuga. "Temos informações de quem seriam, mas
precisamos analisar as imagens", finalizou a delegada.
O secretário Estadual de Justiça e Direitos
Humanos, Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo, disse ao G1 que o diretor e os
servidores já foram afastados dos cargos públicos. Segundo ele, outras pessoas
que não eram servidores, nem detentos, estavam dentro da unidade, o que é
proibido.
Fonte: G1
Um comentário:
Policial ingênuo merece punição.
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