A poucos dias do início da Copa do Mundo, o
governo conseguiu um acordo com a Polícia Federal para evitar um greve da
categoria durante os jogos. O Palácio do Planalto acertou um aumento salarial
de 15,8% para agentes policiais, escrivães e papiloscopistas. Será repassado
12% agora e 3,8% em janeiro.
A correção salarial terá um impacto de R$ 376
milhões na folha de pagamento da União até janeiro, segundo a Federação
Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), entidade que representa mais de dez
mil servidores.
Com isso, a categoria que ameaçava fazer greve
durante o mundial para pressionar o Planalto a retomar as negociações de
aumento e reestruturação de carreiras, decidiu suspender a ameaça de
paralisação - o que impactaria principalmente os aeroportos da cidades-sede da
Copa.
A PF é parte essencial do plano de segurança da
Copa, cujo planejamento foi elaborado com base em uma cartilha produzida pelas
Forças Armadas e a própria PF.
"Não vamos fazer paralisação e greve na
Copa, tanto por causa do acordo (de aumento) quanto por causa das decisões do
Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça (STF e STJ,
respectivamente, que classificaram a greve como ilegal)", afirmou o
vice-presidente Fenapef, Luis Antônio Boudens.
O STJ chegou a determinar uma multa de R$ 200
mil caso a PF decidisse manter a greve na Copa. A liminar foi concedida pelo
tribunal após ação impetrada pela Advocacia-Geral da União (AGU).
Agora, segundo Boudens, o governo se comprometeu
a criar um grupo de trabalho para discutir uma reestruturação de carreira para
os policiais. Este foi o ponto decisivo para um pacto de não paralisação na
Copa. O Planalto se comprometeu a entregar uma proposta à PF em 75 dias a
partir da última sexta-feira (30), quando o acordo foi fechado.
Fonte: Uol
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