Pernambuco adota, há sete anos, política de
metas e premiações a policiais semelhante a que o Ceará está implantando. Lá, o
projeto foi batizado de “Pacto pela Vida” e trouxe resultados positivos. Desde
2007, quando o programa foi lançado, até 2013, todos os anos tiveram redução
nos índices de criminalidade. Um feito único no País. Destaque-se o dia 29 de
abril do ano passado, quando nenhum homicídio foi registrado em território
pernambucano.
Até mesmo Recife, que em 2007 era considerada a
Capital mais violenta do Brasil, manteve zerado o índice de assassinatos
durante os 52 primeiros dias de 2013. Para este ano, os pernambucanos
mantiveram a mesma meta dos sete anos anteriores: 6% de redução nos casos de
Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI). Caso funcione, o Estado chegará em
2015 abaixo da média nacional de 2011.
“Desde o início do Pacto, acumulamos uma redução
de CVLI no Estado de 39,1%. Dentre os municípios, Recife teve o melhor
resultado. A taxa de CVLI que era de 73,6%, em 2007, caiu para 28,8%. Estamos
quase atingindo a média nacional. Essa é a nossa meta para 2014. Mas, no atual
cenário de violência no País, qualquer redução é para se comemorar”, disse o
secretário do Planejamento e Gestão (Seplag) de Pernambuco e coordenador
executivo do Comitê Gestor do Pacto pela Vida, Frederico Amancio.
Segundo o coordenador, o sucesso do programa se
deve a três pilares principais: gestão, integração e liderança. Esse último
ponto seria exercido pessoalmente pelo governador Eduardo Campos (PSB),
conforme Amâncio. Pré-candidato ao Palácio do Planalto, Campos tem no Pacto pela
Vida seu principal trunfo de campanha eleitoral de 2014, caso sua disputa pelo
Palácio do Planalto se confirme.
“A gestão compartilhada é muito importante, bem
como a integração entre os poderes, com a realização de ações permanentes de
combate e prevenção à violência, além da participação direta do governador.
Isso institucionaliza o Pacto, o tornando uma política de Estado”, concluiu
Amancio.
No Ceará
Em entrevista concedida no último dia 10, o
secretário da Segurança Pública no Ceará, Servilho Paiva, disse que não há
nenhum “preconceito ou comparativo” com o modelo desenvolvido em Pernambuco,
estado governado por Eduardo Campos, adversário político e desafeto de Cid
Gomes. O secretário destacou que participou ativamente da formatação do Pacto
pela Vida e não vê problemas em copiar o projeto. “Todas as boas práticas que
puderem ser adaptadas e implantadas aqui, nós traremos”, afirmou.
FONTE: O POVO
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