16 de janeiro de 2014

ENVOLVIMENTO COM QUADRILHAS E DROGAS PROVOCA MATANÇA DE JOVENS.

O adolescente Victor Pereira Rodrigues dos Santos, 17, foi assassinado, na manhã de ontem, quando chegava com o irmão dele a um canteiro de obras que fica numa avenida sem denominação oficial que passa ao lado do Hospital da Mulher, no bairro Jóquei Clube.
Segundo a Polícia, o rapaz era suspeito de fazer parte da quadrilha que matou o soldado PM Fernande Vanucci Bezerra da Silva, 29, na tarde da última quinta-feira (9), dentro de uma autoescola localizada no bairro João XXIII.
De acordo com as investigações preliminares, o adolescente não teria participado diretamente do latrocínio (roubo seguido de morte) que resultou na morte do policial, entretanto era integrante do grupo.
Em uma rede social, ele aparece em fotografias ao lado dos bandidos que invadiram o estabelecimento comercial e mataram o militar.
Ainda de acordo com as primeiras investigações, Rafael já havia sido apreendido, pelo menos, duas vezes, pela prática de ato infracional de assalto, contudo, estava em liberdade.

O adolescente foi atacado quando chegava a um canteiro de obras próximo ao Hospital da Mulher, no bairro Jóquei Clube. O menor foi atingido por vários tiros e morreu na hora. Os assassinos fugiram do local em uma motocicleta FOTO: JL ROSA
Uma prova de que os executores queriam matar somente Victor Pereira foi o fato de o irmão dele, que estava na hora, ter sido poupado. Os irmãos estavam na Honda Fan de placa OHY-0756.
Logo que o veículo foi estacionado, para que os irmãos se dirigissem ao canteiro de obras, os matadores chegaram em uma Tornado de cor preta. O garupeiro desceu e efetuou os disparos.
O menor foi atingido no olho esquerdo e no nariz, tendo morte imediata. Os executores usavam camisas rosa e branca. Tudo indica que Victor Pereira estava sendo seguido.

Latrocínio

A informação de Victor Pereira ser o terceiro suspeito de ter participado do latrocínio que vitimou o policial militar foi logo desmentida.
De acordo com as investigações realizadas pelos inspetores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o terceiro suspeito, ainda foragido, é Francisco Jairo dos Santos, 26.

Os outros dois acusados, Wanderson da Silva Rodrigues, 20; e Danilo Aguiar de Alencar, 18, se apresentaram espontaneamente na DHPP, mas tiveram as prisões preventivas decretadas pelo juiz Eduardo de Castro Neto, da 6ª Vara Criminal. Os dois estavam escondidos em Pacajus, na RMF e se apresentaram na DHPP com um advogado.
Eles confessaram participação no crime e disseram que dividiram o dinheiro arrecadado com o roubo de objetos das vítimas e com a arma do PM.

Vítimas

Com o crime ocorrido na manhã de ontem, subiu para 13 o número de adolescentes assassinados nos primeiros 15 dias em Fortaleza e sua Região Metropolitana. No ano passado, foram 302 menores mortos de forma violenta.
Para as autoridades policiais, a maioria dos crimes envolvendo adolescentes, é decorrente de ligação com o tráfico de drogas.

Usuários em dívida com os traficantes acabam sendo mortos de forma cruel. Em diversas comunidades da Capital , o intenso tráfico de entorpecentes tem produzido constantes cenas de homicídios dolosos.
Os bairros com maiores taxas de mortes violentas de adolescente em Fortaleza são Messejana, Barra do Ceará, Jangurussu, Vila Velha e Pirambu.

FERNANDO BARBOSA/REPÓRTER

OUTRO CASO 

Um jovem identificado como Júlio Ferreira de Oliveira Neto, 22, foi assassinado com 17 tiros de pistola, na tarde de ontem, no bairro Jardim Iracema. Segundo a Polícia, a vítima transitava pela Rua Canário, quando foi abordada pelos atiradores. Tentou fugir, mas acabou tombando morto na Rua São Bernardo.

rapaz tentou fugir dos assassinos, mas não conseguiu. Acabou sendo baleado na Rua Canário e tombou sem vida na Rua São Bernardo FOTO: BRUNO GOMES
Conforme informações do sargento Eduardo Albuquerque, da 3ª Cia do 5º BPM (Centro), familiares de Júlio Neto estiveram no local e disseram que ele era usuário de drogas. O rapaz não tinha passagens pela Polícia.

"Pode ter sido alguma cobrança de dívida de drogas. A DHPP nos passou uma informação, que ele costumava pedir coisas das pessoas emprestadas, como bicicletas, e acabava trocando por drogas", disse o sargento.

Os autores do homicídio que vitimou o filho de um subtenente da PM, estariam em um Celta, de cor prata. A placa do veículo e os ocupantes não foram identificados. Uma equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), comandada pelo diretor adjunto, delegado Ricardo Romagnoli, esteve no local.

Fonte: DN

Um comentário:

Anônimo disse...

O lera,ninguém sabe quem matou esse e o outro