O Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil desencadearam, ontem, a ´Operação Miragem II´ com o objetivo de cumprir 15 mandados judiciais de prisão temporária e outros 19 de busca e apreensão, expedidos pela Segunda Vara da Comarca de Quixadá. Diligências foram feita em Quixadá, Maracanaú, Fortaleza, Russas e Morada Nova.
Mas, teria havido ´vazamento´ de informações e, até a noite passada, apenas três pessoas foram detidas. Assim, 12 estão foragidas. Todas são acusadas de envolvimento numa fraude em licitações na Prefeitura de Quixadá.
A ação policial de ontem foi um desdobramento da ´Operação Miragem I´, ocorrida em junho, e resultou na prisão de gestores e donos de empresas suspeitos da falsificação de documentos inclusos em processos licitatórios que somam em torno de R$ 15 milhões, somente entre os meses de janeiro e fevereiro de 2013. Segundo o MP, o nome da operação se deu ao fato de que as licitações aparentavam estar dentro da legalidade, mas as empresas concorrentes não passavam por nenhum tipo de concorrência. Entre as pessoas investigadas estão o vice-prefeito de Quixadá, a primeira dama do Município, secretários de Saúde, Educação, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. Já as empresas são chamadas "genéricas", pois atuam em campos diversos, desde venda de medicamentos, pavimentação de ruas , publicidade, transporte escolar, aluguel de veículos, podendo participar de diversas licitações.
Presos
Segundo informações do promotor de Quixadá, André Clark, as duas pessoas presas em Fortaleza são os empresários Gilberto Henrique Lopes de Oliveira e Marleide Quinto de Sousa.
Em Quixadá, Raimundo Ribeiro Damasceno, que é o secretário de Agricultura e desenvolvimento Rural, se apresentou às autoridades. Dentre os foragidos está o vice-prefeito de Quixadá, Antônio Wellington Xavier de Queiroz; e a primeira-dama do Município, Jovenina Bezerra, que acumula o cargo de secretária de Desenvolvimento Social.
Fonte: DN
Foto: Kiko Silva
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