Em pouco mais de quatro anos, a população carcerária do Estado do Ceará sofreu um aumento da ordem de 30 por cento. Hoje, são cerca de 15.627 detentos recolhidos em 141 unidades, entre presídios, penitenciárias, Casas de Privação Provisória da Liberdade (CPPLs), além de cadeias públicas, hospitais penitenciários e o Presídio Feminino.
A maioria dessas unidades está com superlotação, segundo admite a própria Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania (Sejus), responsável pela administração penitenciária do Ceará.
Diante disso, centenas de presos permanecem nas delegacias da Polícia Civil à espera do surgimento de vagas no Sistema Penal. Isso vem causando também superlotação nas DPs, principalmente da Grande Fortaleza.
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| A falta de vagas nas unidades do Sistema Penitenciário cearense provoca a superlotação nas delegacias de Polícia Civil da Grande Fortaleza. Em fevereiro próximo, o problema deverá ter uma solução com a inauguração da CPPL IV FOTO: DIVULGAÇÃO |
Nova unidade
Segundo a secretária da Justiça, Mariana Lobo, em fevereiro próximo deverá ser inaugurado pelo governador Cid Gomes mais uma unidade do sistema. Trata-se da CPPL IV, em Itaitinga.
A nova unidade deverá proporcionar a abertura de 936 vagas no sistema e, assim, permitir que as autoridades façam a transferência dos detentos que estão atualmente nas delegacias.
O crescimento da população prisional foi mais intenso entre os anos de 2008 e 2012. Nesses quatro anos, o problema de superlotação se agravou diante da intensificação do trabalho da Polícia no combate ao crime.
A presença de tantos presos nas delegacias de Polícia Civil vem causando constantes transtornos à instituição. São fugas e motins que atrapalham o trabalho da Polícia Judiciária em investigar crimes. A tarefa de custódia e de escolta toma todo o tempo dos inspetores, que deveriam estar atuando em investigações. Até 2014, a Sejus espera abrir mais 3. 170 vagas no sistema.
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