15 de janeiro de 2013

POLICIAIS DENUNCIAM DELEGADO POR LIBERAR ACUSADOS DE TRÁFICO DE DROGAS.


Os policiais da Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas (Raio) procuraram a Controladoria Geral dos Órgãos de Segurança Pública durante a madrugada desta terça-feira (15) para denunciar o delegado plantonista do 34° DP , de ter liberado homens acusados de tráfico de drogas. Como o órgão estava fechado, os soldados afirmaram que voltariam ainda nesta manhã para fazer o registro do caso.

O soldado Vandemberg esclareceu que, após denúncias, o Raio foi no fim da noite de segunda-feira (14) até uma residência localizada na Comunidade Forró da Bala, no Bairro Rodolfo Teófilo, e apreendeu mais de mil reais em dinheiro, balanças de precisão, 400 gramas de cocaína, 490 gramas de crack e 1 quilo de pó que seria utilizado para misturar a droga.
Durante a ação, três homens foram presos e um adolescente foi apreendido. O jovem de 17 anos já respondia por homicídio e assalto. Ele tinha um mandado em aberto. O soldado ressaltou que, entre os detidos, estava um homem conhecido como Michel de Castro Silva. “Ele não é traficante pequeno. Quando fizemos a prisão, os moradores da comunidade nos aplaudiram, pois ele é temido por quem vive no bairro”, diz.
Tentativa de suborno 
O PM também revelou que Michel ainda ofereceu aos policiais uma quantia no valor de R$ 30 mil para não serem levados para o 34° DP. A polêmica, porém, começou quando os acusados chegaram à delegacia.
“Até agora eu não estou acreditando no que eu vi. Fiquei muito surpreso com a decisão da autoridade de plantão por ele ter tratado o caso apenas como consumo de drogas. Mesmo diante de todo o material que apreendemos, foi feito apenas um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e liberado dois acusados”, explica. Apenas Michel de Castro foi preso por já responder por receptação, porte ilegal de arma e um crime de trânsito.
O tenente Andrade, do Raio, também acompanhou o caso e reitera que o material apreendido comprova o caso de tráfico de drogas. “Eu não tenho dúvida que a Controladoria vai apurar”, acrescenta. Em contato com o 10° DP, onde o delegado trabalha, a informação repassada foi que ele (delegado) foi chamado para ir à Superintendência da Polícia Civil nesta manhã.
Polícia Civil responde em nota
Em nota enviada à TV Jangadeiro, o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, delegado Wilder Brito, rebateu a denúncia ao defender que compete ao delegado avaliar que procedimento deve fazer. Analisada a ocorrência, a autuação é da inteira e exclusiva responsabilidade do delegado. O diretor, porém, informa que o caso ainda está sendo analisado.
Controladoria garante que caso será investigado
A Controladoria também informou em nota que serão apuradas as condutas dos policiais envolvidos no caso. No início da tarde desta terça-feira, “estaremos recebendo do Comandante do Grupo Raio da Polícia Militar, relatório circunstanciado dos fatos, inclusive com imagens da ocorrência, bem como cópia dos procedimentos instaurados na DCA (Delegacia da Criança e do Adolescente) e do 34º Distrito Policial. Além disso, determinamos ao GTAC (Grupo Tático de Atividade Correcional) as oitivas dos envolvidos e no dia de amanhã, serão colhidos os depoimentos dos Policiais Militares e do Delegado”, completa a nota.
Com informações do repórter Abraão Ramos
Fonte: JANGADEIRO ONLINE

5 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente esse caso e comum em nosso Ceara, aq em Camocim msm varios deliquentes sao liberados apos pagar uma certa quantia. E o pior eh q nem um B.O eh feito, simplismente ele volta as ruas como se nada tivesse acontecido.

Carlão Polícia disse...

Essa conduta do Delegado é suspeita e mereçe ser investigada!

Anônimo disse...

A decisao discricionaria do delegado dificiomente sera tomada de encontro com a inlegalidade. Se o procedimento nao foi severo, infelismente a lei e esta, ela é fraca e falida. Me recordo de algumas prisoes de "suposto traficantes" realizado por policiais civis e militares e a qrande maioria esta souta e sera culpa do juis do promotor logico que nao é cilpa
dessa lei penal ultrapaçada.

Anônimo disse...

O delegado não é o dono da verdade, simplesmente por ser o delegado, ele ñ tem o poder de decisão sozinho, tem q ser ouvido e se estiver errado punido na forma da lei.

Anônimo disse...

Ao primeiro comentário:
Caso desse tipo não acontece na Delegacia de Camocim não.
Qualquer suspeito (maior de idade) ao ser preso e conduzido para uma Delegacia de Policia, em caso de crime cuja pena privativa de liberdade seja superior a 2 anos, a Autoridade Policial deverá lavrar o Flagrante (Inquérito Policial), se tiver todos elementos necessários para lavratura do procedimento.
Mesmo preso em Flagrante, porém quando a pena privativa de liberdade não for superior a 4 anos, a Autoridade Policial tem competência para arbitrar a fiança, e, caso o flagranteado pague, o mesmo será posto imediatamente em liberdade (a fiança é paga nas agências bancárias, porém nos finais de semana, fica na responsabilidade da policia civil que faz o pagamento no dia seguinte)
Quando o crime é punido com pena privativa de liberdade, não superior a dois anos,o acusado não fica preso, e é lavrado apenas TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), onde acusado e vítima (quando é o caso) assina um termo se comprometendo a comparecer a audiência na Justiça (Fórum).