9 de dezembro de 2011

POLÍCIA CONFIRMA QUE MENINA MORTA FOI VIOLENTADA SEXUALMENTE PELO TIO.

Sem comer e sem beber desde ontem, quando sua filha Maria de Fátima Francisca dos Santos, de apenas 5 anos, desapareceu da varanda de sua casa, em Santa Cruz, na Zona Oeste, o pedreiro José Sandro dos Santos, de 40 anos, recebeu ontem duas notícias bárbaras. Depois de passar o dia inteiro procurando pela menina, no começo da tarde, ao lado de policiais da Divisão de Homicídios, Sandro encontrou o corpo da filha despido num rio próximo à Estrada da Areia Branca. No mesmo local, soube também que o irmão, o biscateiro Eudes dos Santos, de 20 anos, era o principal suspeito do crime.
À noite, na Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, Eudes confessou ter estuprado e matado a criança.
— Se foi meu irmão ou não, quero que o responsável apodreça na cadeia. Não estou pisando no chão desde que soube da morte da minha filha. Não como e não bebo desde ontem — desabafou o pedreiro, antes mesmo de ter certeza de que o autor do crime era, de fato, o seu irmão.

Maria estava brincando com a irmã de 12 anos na varanda de casa, quando a mais velha entrou para pegar um brinquedo. Eudes aproveitou, então, para arrastar a menina, à força, até um rio. Lá, contou à polícia, arrancou a roupa da menina e tentou abusar sexualmente dela. Por não ter conseguido, acabou a asfixiando e abandonando o corpo no local. Depois, foi para a casa dos pais — a 60 metros da residência do irmão — e deitou na cama para assistir TV. Pouco depois, parentes chegaram com a notícia do desaparecimento de Maria. Segundo o biscateiro, na hora, ele chegou a sentir remorso e começou a chorar. Mas não contou nada à família e saiu com o irmão para "procurar" Maria.

Homicídio e Estupro

Na Divisão de Homicídios, Eudes admitiu: abusava de duas das três filhas do irmão. No entanto, acrescentou, anteontem foi a primeira vez que foi em direção da caçula Maria de Fátima.
Autuado em flagrante por homicídio e estupro de vulnerável, Eudes deve ser transferido ainda hoje para uma unidade da Polinter.

Mais cedo, quando já havia admitido informalmente o crime aos policiais, Eudes chegou a tentar correr, mas foi contido e, por pouco, não foi linchado em Santa Cruz.
De acordo com a polícia, os moradores já suspeitavam de que ele vinha abusando sexualmente das sobrinhas.
— Ele costumava comprar uns negócios para cheirar na favela. Eu já o vi fazendo isso. Agora, quero esperar a perícia para ver realmente o que aconteceu. Peço que a Justiça seja feita — disse o pai de Maria de Fátima.

Família pernambucana

Após prestar depoimento na Divisão de Homicídios, ele disse que o assassino de sua filha era um animal. A família veio de Pernambuco, há quatro anos, para viver no Rio.
— Tiraram um pedaço do meu coração. Agora só o pai lá de cima é quem vai tirar essa minha dor — balbuciou José Sandro.

Fonte: EXTRA
CAMOCIM POLÍCIA 24HS




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