O major Sandro Moretti da Silva Andrade, de 46 anos, que morreu na noite desta quarta-feira (7) após um tiroteio na Zona Sul de São Paulo, havia saído do batalhão sem o colete à prova de balas, informou o porta-voz da Polícia Militar, major Marcel Soffner, na tarde desta quinta-feira (8). Andrade era subcomandante do batalhão de Santo Amaro e trabalhava na corporação havia 26 anos.
“Quando há o falecimento de um policial, temos que fazer levantamento do material e o colete estava no batalhão. O major saiu do batalhão sem colete”, afirmou Soffner.
A tentativa de assalto aconteceu em uma loja de materiais de construção na região do M'Boi Mirim. Pelo menos oito pessoas foram feitas reféns e libertadas sem ferimentos. Durante a negociação com um criminoso, houve a troca de tiros, que matou o major e o suspeito.A Polícia Militar disse nesta manhã que iria apurar se o major havia emprestado o colete à prova de balas que deveria usar a um jornalista que acompanhava a operação. Mas a corporação negou durante a tarde que isso tenha ocorrido.
O porta-voz da PM disse que o policial avaliou ser importante a presença da imprensa naquele ponto da negociação. “Quem tomou essa decisão foi o major, porque ele avaliou que naquele momento seria importante [a presença dos jornalistas] para o gerenciamento da crise”, afirmou Soffner.
Mesmo estando de folga, o major Andrade usava farda, mas não estava com o colete quando foi ao comércio na região do M´Boi Mirim. A corporação obriga o uso do equipamento por policiais fardados em operações. Quando foi baleado no ombro esquerdo, o oficial estava tentando negociar com o criminoso a libertação de três funcionários que eram usados como escudos e mantidos reféns.
O homem que baleou o major ainda atirou mais duas vezes. Um desses disparos acertou um soldado da PM. Toda a ação foi filmada pelo Globocop. Esse policial usava colete, onde a bala ficou alojada. Apesar disso, o impacto do tiro o feriu, mas ele está internado e não corre risco de morrer. O terceiro disparo não atingiu mais ninguém.
Fonte: DN
CAMOCIM POLÍCIA 24HS
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