Polícia diz que garoto de 17 anos foi assassinado por colega de infância.
Para o pai da vítima, motivo do crime foi ‘ganância’ por dinheiro.
Pai do estudante morto |
O empresário José Roberto de Jesus, de 38 anos, disse nesta segunda-feira (18) estar “chocado” ao saber pela polícia que seu único filho, de 17 anos, foi assassinado por um amigo de infância dele. Kennedy Santos de Jesus morreu em 2 de junho. Os policiais investigam se ele foi vítima do golpe conhecido como “boa noite Cinderela”, tendo tomado vários medicamentos e morrido de overdose.
“Para mim foi uma surpresa saber que foi ele. Estou chocado até agora. Acabou com minha família, era meu único filho”, disse o pai, na Divisão Antisequestro (DAS), na Zona Norte de São Paulo. Ele atribuiu o assassinato à “ganância”. “Foi ganância. Ele destruiu toda uma família por dinheiro.”
O empresário não soube dizer há quanto tempo o garçom suspeito de cometer o crime era amigo de Kennedy. Lembrou apenas que ele foi aluno de sua academia há cinco ou seis anos. “Ele frequentava a casa da minha avó e chamava ela de vó. Cresceu ali junto com todo mundo.”
Segundo a polícia, o estudante foi rendido no dia 31 de maio no Jardim das Oliveiras, na Zona Leste da capital paulista, onde morava. Os pais do adolescente receberam ligações telefônicas exigindo resgate de R$ 200 mil, mas o estudante morreu de overdose cerca de dois dias após ser sequestrado. A polícia acredita que ele tenha sido obrigado a tomar um coquetel de medicamentos.
Crimes
O delegado Edson Jorge Aidar, da DAS, informou que o laudo do Instituto Médico-Legal deve sair nesta quarta e apontar que substâncias Kennedy pode ter ingerido. O garçom detido confessou o crime, segundo a polícia. Ele também foi identificado como autor de outro crime semelhante, ocorrido no dia 31 de março. Uma comerciante foi mantida refém por 48 horas em um cativeiro e foi libertada após pagamento de resgate.
O delegado Edson Jorge Aidar, da DAS, informou que o laudo do Instituto Médico-Legal deve sair nesta quarta e apontar que substâncias Kennedy pode ter ingerido. O garçom detido confessou o crime, segundo a polícia. Ele também foi identificado como autor de outro crime semelhante, ocorrido no dia 31 de março. Uma comerciante foi mantida refém por 48 horas em um cativeiro e foi libertada após pagamento de resgate.
Outras duas pessoas são suspeitas de participação nos crimes e estão sendo procuradas. O garçom pode ser indiciado por extorsão mediante sequestro no caso da comerciante. No crime contra Kennedy, o indiciamento deve ocorrer por extorsão mediante sequestro seguida de morte. As duas penas juntas podem chegar a 50 anos de prisão em hipótese de condenação, segundo o delegado.
O corpo do estudante foi encontrado por policiais, passou pelo IML, mas não foi identificado. Por isso, o jovem foi enterrado no Cemitério da Vila Formosa, Zona Leste, como desconhecido. “Vou pedir a exumação do corpo porque meu filho foi enterrado como indigente” , afirmou o empresário.
G1
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