4 de junho de 2011

RESTO DE UMA PESSOA CREMADA É ENCONTRADA DENTRO DE SACO NO PARQUE DO COCÓ

Algumas pessoas manifestam em vida o desejo de, após a morte, serem cremadas e terem as cinzas jogadas em um lugar de afeto. Nesta semana dedicada ao meio ambiente, um flagrante inusitado de desrespeito à natureza e, no mínimo, falta de delicadeza com as cinzas de um morto anônimo.

Na floresta do mangue do Cocó, no trecho situado na avenida Sebastião de Abreu, em Fortaleza, na tarde desta sexta-feira, 3, duas senhoras que vieram espalhar as cinzas - de um suposto parente -, descartaram entre galhos e aratus (siris) dois sacos plásticos contendo ainda os restos mortais de alguém que havia sido cremado. Na curva da Trilha do Rio.
Admirado com a informação e as fotos dos sacos do Crematório do Jardim Metropolitano, um soldado da Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA) contou que viu duas mulheres entrarem no Parque Ecológico por volta das 11 da manhã. Desconfiado, até alertou um companheiro sobre a mercadoria suspeita que elas carregavam. “Não há problema em jogar o pó de morto por aqui. Não polui. Mas não colocar nos cestos de lixo os sacos que trouxeram o defunto? Aí é falta de higiene e educação”, reclamou o policial.

O Jardim Metropolitano nada teve a ver com a falta de educação ambiental das duas mulheres. O pó do finado, resultado do processo de cremação, é biodegradável e se reintegra à natureza. O plástico, no entanto, demora 100 para se decompor segundo o site www.compam.com.br/decomposicao.

Como o morto (ou a morta) foi trazido em dois sacos plásticos, a cremação custou R$ 1.400,00. Valor mínimo para quem não quer ser sepultado de forma tradicional. De acordo com uma agente de serviço funerário, o preço pago por uma “cremação de luxo” pode chegar a R$ 6.700,00. Por este preço, a família tem direito a uma série de serviços e o cremado sai em um “cinzário modelo diamante”.

A família recebe as cinzas de um morto 72 horas após a entrada do corpo para a cremação. Segundo a agente funerária, nenhuma empresa pode oferecer o serviço de dispersão do pó. Somente parentes ou amigos (autorizados por procuração) podem receber os restos mortais.

Fonte: O Povo/Camocim Polícia24hs

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