22 de junho de 2011

PM EXPULSA OFICIAL ACUSADO DE CHEFIAR MILÍCIA

Clique para AmpliarConselho disciplinar considera que ´Robocop´ não é digno de pertencer aos quadros da PM. Ele contesta as acusações
O primeiro tenente da Polícia Militar, Jairo da Silva, acusado de comandar uma milícia que agiria no Centro da cidade dando proteção a vendedores de produtos ´piratas´, deverá ser expulso da Corporação nos próximos meses. O primeiro passo para a exclusão do PM aconteceu ontem, quando foi publicado no Boletim do Comando Geral (BCG) a decisão do Conselho de Justificação formado para examinar sua conduta. Por unanimidade, os três 
oficiais que investigaram o caso decidiram que Jairo da Silva, conhecido por ´Robocop´, é culpado.

Diante do resultado do Conselho, o comandante-geral da PM, coronel Werisleik Ponte Matias, encaminhou o procedimento ao secretário da Segurança Pública, coronel Francisco José Bezerra. O passo seguinte será o governador do Estado assinar o ato de expulsão. Depois, o Tribunal de Justiça ratifica a decisão ou pode apreciar recurso da defesa do militar.

De antemão, o Comando Geral já determinou que ´Robocop´ não poderá mais usar a farda da PM nem receberá arma de fogo da Corporação.

A polêmica em torno do nome do oficial veio à torna no começo do ano, quando ele foi acusado de comandar um grupo de homens armados que dariam proteção aos vendedores de CDs e DVDs ´piratas´ nas ruas do Centro de Fortaleza.

A denúncia partiu da secretária executiva do Centro, Luíza Perdigão, que esteve em um encontro com o Delegado-Geral da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas, e pediu proteção. Luíza alegou ter recebido as ameaças diretamente do tenente. Diante do fato, o secretário da Segurança Pública determinou ao comandante-geral que fosse instalado imediatamente um Conselho de Justificação (disciplinar) para apurar o fato. Paralelamente ao ato na instância militar, a Polícia Civil, através do 34º DP (Centro), instaurou um inquérito policial. O tenente Jairo, que foi candidato a deputado estadual pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), apresentou-se na Polícia e negou todas as acusações.

Com a decisão do Conselho de Justificação, o tenente Jairo, que era destacado no 4º BPM (Canindé) e estava de licença para tratamento de saúde, já está praticamente expulso da Corporação, faltando somente a assinatura do governador do Estado, Cid Gomes.
Fonte:DN

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