9 de maio de 2011

PRESOS TÊM VISITA ÍNTIMA PROIBIDA E DEPREDAM INSTALACÕES DO IPPS.

Segundo a Polícia, o tumulto teve início devido à proibição da visita íntima para cerca de 20 detentos

Vinte presos se rebelaram, na tarde do último sábado, na unidade construída dentro do Complexo do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS) onde funcionará o Presídio Militar, mas que, temporariamente, abriga presos provisórios oriundos de delegacias da Capital. O tumulto, durante o qual houve depredação das celas, foi iniciado após o cancelamento da visita de esposas dos presidiários. Conforme a Polícia Militar, a rebelião logo foi contida e não houve registro de feridos.
No início da tarde, contou a dona de casa A.P.C, esposa de um dos detentos, ela e mais quinze mulheres, aproximadamente, chegaram ao Instituto, após terem sido comunicadas por telefone de que poderiam pernoitar na unidade. Elas ficariam no local das duas horas da tarde do sábado até o mesmo horário de domingo.
Contudo, disse, quando já estavam dentro do Instituto, as mulheres foram informadas de que a visita havia sido cancelada e de que deveriam sair imediatamente. Depois do anúncio, começou a manifestação. Segundo A.P.C, alguns dos presos, frustrados com a situação, atearam fogo em um colchão e danificaram as instalações. Em seguida, acrescentou, as mulheres foram tiradas à força do Instituto. Após abandonar a unidade, o grupo ouviu "mais de dez tiros", conforme a dona de casa.
Às 8 da noite, as mulheres permaneciam diante da entrada do IPPS, sem qualquer notícia sobre a situação em que os cônjuges se encontravam. A aflição cresceu quando patrulhas do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) entraram no IPPS.

Medida disciplinar
De acordo com o comandante da 2ª Companhia de Policiamento de Guarda, major PM Marcelo Praciano, a proibição da visita consistiu em uma medida disciplinar aplicada aos detentos. Durante a repressão à rebelião, informou o major, policiais usaram armas não letais. Ao final, ressaltou, não houve feridos.

Fonte:DN

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