9 de maio de 2011

CAIXAS ELETRÔNICOS SÃO ALVOS DE QUADRILHAS.

Criminosos utilizam diversos equipamentos para violar os terminais e furtar o dinheiro. A Polícia já tem pistas

Duas mochilas carregadas com ferramentas como broca de metal, máquina para cortar aço, chaves de fenda, alicates de corte, lanterna, transformador bivolt, além de luvas e fitas isolante estão ajudando a Polícia na identificação de uma quadrilha especializada no arrombamento a caixas eletrônicos, que vem agindo nos últimos meses, em Fortaleza.
Apenas neste ano, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) já registrou seis ataques dessa natureza aos terminais de autoatendimento, dos quais quatro não resultaram em furto de numerário. O último episódio ocorreu na manhã de sábado último, em um banco, na Avenida Dom Luiz, na Aldeota.
"Em dois deles, os bandidos conseguiram subtrair dinheiro da máquina", revela o delegado Romério Moreira de Almeida, titular da DRF. Um dos crimes a que o delegado se refere aconteceu em um caixa eletrônico localizado dentro de uma agência do banco Santander, na esquina da Avenida Senador Virgílio Távora com a Rua Ana Bilhar, também na Aldeota.

Ações criminosas se espalham por diversas cidades do País

A ação dos criminosos que arrombam caixas eletrônicos tem se espalhado pelo Brasil afora. As quadrilhas usam de diversos artifícios para poder se apoderar do dinheiro armazenado nos terminais. Quando não conseguem violar o equipamento através da abertura com maçaricos ou outras ferramentas, partem para ações mais violentas, como a explosão com dinamites ou outros artefatos.

Há também os casos em que os ladrões agem com a maior ousadia. Eles destroem a fachada das agências bancárias e usam correntes ou mesmo a força de braços humanos para retirar os terminais de dentro dos prédios e colocam na carroceria de caminhonetas. Fogem para local bem distante e ermo e, então, tratam de fazer o arrombamento dentro de seus esconderijos, como casas, depósitos abandonados, galpões alugados e até mesmo em matagais.

Quadrilhas
A Polícia cearense está interagindo com autoridades de outros Estados em busca de informações que possam levar à identificação mais rápida dos ladrões de caixas bancários.
Recentemente, uma quadrilha foi capturada no Paraná em plena ação criminosa. O fato aconteceu na madrugada do dia 29 de abril último em Curitiba.

Os bandidos invadiram uma agência da Caixa Econômica Federal no bairro Alto Maracanã, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. A Polícia Militar recebeu denúncias anônimas de que um grupo tentaria furtar uma agência em Colombo. Os homens saíram de Santa Catarina para o Paraná e utilizariam maçaricos em suas ações. Durante a invasão ao banco, eles colocaram fogo nos caixas eletrônicos da agência da CEF, com o auxílio de maçaricos. Mas não conseguiram arrombar os cofres. Nada foi levado. No entanto, a fumaça acionou o alarme de incêndio e, então, a PM foi comunicada da ocorrência.

Um dos suspeitos foi preso ainda dentro do banco. Os demais fugiram, invadindo uma residência próxima dali, mas todos acabaram presos.

Ceará

Neste ano, diversas agências bancárias no Interior cearense também foram alvo dos ladrões que costumam utilizar explosivos para abrir os caixas.
Em outras ações, os bandidos usaram armas de grosso calibre para estilhaçar as portas dos bancos, fazer reféns e, em seguida, arrombar os caixas.
Foi o que aconteceu, por exemplo, do dia 31 de março, quando uma quadrilha invadiu, pela manhã o Banco do Brasil da cidade de Independência (a 317Km de Fortaleza) e conseguiu arrombar três caixas.
 
Redes

Diversas quadrilhas já foram desarticuladas no Ceará em operações montadas pelas polícias Civil e Federal com o apoio do Ministério Público. Nas operações ´Clone´ e ´Ciclone´, foram descobertas verdadeiras redes nacionais de ´cartãozeiros´ que atuam a partir de cidades do Interior cearense e chegam às capitais brasileiras.
O ´campo de ação´ dos estelionatários são exatamente os caixas bancários, onde os clientes estão expostos aos golpes.
Fonte: DN

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