Segundo relatos de usuários, substância está sendo comercializada na Capital por um preço até quatro vezes menor
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Com presença confirmada em São Paulo e em estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o oxi - nova droga formada a partir de querosene e cal - pode já ter chegado ao Ceará. Embora não haja registros oficiais de apreensões do material em território cearense, o fato de o crack estar sendo vendido a um preço significativamente inferior ao que costuma ser comercializado é visto como indício da existência do oxi em Fortaleza. Mais barata, viciante e letal do que o crack, a droga pode torna maior o desafio de combater o tráfico e tratar de dependentes no Ceará.
O principal obstáculo para determinar a existência ou não da droga no Estado é a sua semelhança com o crack, que, por sua vez, é formado por bicarbonato de sódio e amoníaco. Podendo ser consumidas da mesma forma - fumadas em formato de pedra - as duas aparentemente pouco diferem entre si.Coordenador do Instituto Volta Vida, que acolhe adictos que desejam se recuperar, o psicólogo e especialista em dependência química Osmar Diógenes Parente diz observar, em Fortaleza, a partir do relato de pacientes, um processo semelhante à "promoção do crack" que ocorreu em São Paulo logo que o oxi entrou no Estado. Por conta da similaridade entre as duas substâncias, o oxi passou a ser vendido por traficantes como "um crack mais barato".
Conforme Diógenes, usuários contam ter adquirido pedras de crack por preço bem abaixo do que era comercializado até bem pouco tempo.
Contudo, ressalta, o preço mais barato é apenas aparente. De caráter extremamente viciante, o oxi provoca um estado eufórico que dura em torno de 15 minutos, os quais são seguidos pela necessidade de se consumir mais uma vez, fazendo com que os usuários acabem gastando mais dinheiro - e saúde - em tentativas intermináveis de prolongar o êxtase.
Coordenando o instituto há 12 anos, Diógenes afirma que ainda não conhecia droga tão letal. Estima-se, acrescenta, que o oxi seja dez vezes mais potente do que o crack.
Implicações
De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas (Cepod), Herman Normando, diversas instituições já alertaram o Conselho sobre a venda de crack a um preço surpreendentemente mais barato, apesar da inexistência de registros oficiais da presença de oxi no Estado.
Segundo Herman Normando, caso a droga se propague pelo Estado, a exemplo do que aconteceu ao crack, as unidades de saúde que promovem o tratamento de dependentes químicos - as quais, afirmou, têm sido insuficiente para atender ao número gigantesco de usuários - terão diante de si mais um desafio. Este será partilhado por entidades que atuam na prevenção e na repressão ao tráfico.
Por sua vez, o titular da Delegacia de Narcóticos (Denarc), delegado Pedro Viana, informou que não foram feitas apreensões de oxi pelas polícias Militar e Civil em Fortaleza. Todavia, também não descartou a possibilidade de a substância estar sendo comercializada.
O principal obstáculo para determinar a existência ou não da droga no Estado é a sua semelhança com o crack, que, por sua vez, é formado por bicarbonato de sódio e amoníaco. Podendo ser consumidas da mesma forma - fumadas em formato de pedra - as duas aparentemente pouco diferem entre si.Coordenador do Instituto Volta Vida, que acolhe adictos que desejam se recuperar, o psicólogo e especialista em dependência química Osmar Diógenes Parente diz observar, em Fortaleza, a partir do relato de pacientes, um processo semelhante à "promoção do crack" que ocorreu em São Paulo logo que o oxi entrou no Estado. Por conta da similaridade entre as duas substâncias, o oxi passou a ser vendido por traficantes como "um crack mais barato".
Conforme Diógenes, usuários contam ter adquirido pedras de crack por preço bem abaixo do que era comercializado até bem pouco tempo.
Contudo, ressalta, o preço mais barato é apenas aparente. De caráter extremamente viciante, o oxi provoca um estado eufórico que dura em torno de 15 minutos, os quais são seguidos pela necessidade de se consumir mais uma vez, fazendo com que os usuários acabem gastando mais dinheiro - e saúde - em tentativas intermináveis de prolongar o êxtase.
Coordenando o instituto há 12 anos, Diógenes afirma que ainda não conhecia droga tão letal. Estima-se, acrescenta, que o oxi seja dez vezes mais potente do que o crack.
Implicações
De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas (Cepod), Herman Normando, diversas instituições já alertaram o Conselho sobre a venda de crack a um preço surpreendentemente mais barato, apesar da inexistência de registros oficiais da presença de oxi no Estado.
Segundo Herman Normando, caso a droga se propague pelo Estado, a exemplo do que aconteceu ao crack, as unidades de saúde que promovem o tratamento de dependentes químicos - as quais, afirmou, têm sido insuficiente para atender ao número gigantesco de usuários - terão diante de si mais um desafio. Este será partilhado por entidades que atuam na prevenção e na repressão ao tráfico.
Por sua vez, o titular da Delegacia de Narcóticos (Denarc), delegado Pedro Viana, informou que não foram feitas apreensões de oxi pelas polícias Militar e Civil em Fortaleza. Todavia, também não descartou a possibilidade de a substância estar sendo comercializada.
Fonte: DN
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