Combatentes do Talibã, seis deles suicidas, atacaram neste sábado (7) uma série de alvos do governo na cidade de Kandahar, a segunda maior do Afeganistão, deixando pelo menos 24 pessoas feridas. Os ataques começaram com uma explosão perto do complexo do governador Tooryalai Wesa, que é muito bem vigiado, no centro da cidade, e várias outras explosões foram ouvidas na sequência em outras áreas, no que aparentou ser um ataque coordenado, informaram testemunhas e autoridades.
Um tiroteio começou após a primeira explosão, e a testemunha afirmou que viu homens disparando de um shopping de cinco andares em direção ao complexo do governador, de onde forças de segurança responderam, enquanto helicópteros sobrevoavam a área.
Um porta-voz disse que seis suicidas detonaram seus explosivos em vários alvos governamentais pela cidade, incluindo um complexo pertecente ao serviço de inteligência, uma base de forças especiais estrangeiras e uma base da polícia afegã. Segundo o assessor do governo, 24 pessoas ficaram feridas, incluindo seis policiais.
A testemunha da Reuters afirmou que viu fumaça preta subindo perto do complexo de Wesa, que também cerca a residência do governador. O governador estava lá dentro, mas não foi ferido.
O Talibã anunciou na semana passada o início da "ofensiva de primavera" e prometeu intensificar os seus ataques contra tropas estrangeiras e autoridades do governo afegão. Essas ameaças foram reemitidas após a morte do líder da rede terrorista da al-Qaeda, Osama bin Laden, no Paquistão.
Um porta-voz do Talibã afirmou que o grupo militante realizou o ataque, mas disse que a ação não tinha relação com a morte de Bin Laden.
"Uma série de combatentes estão em várias localidades na cidade. Não são ataques retaliatórios pela morte de Osama bin Laden, mas sim parte da ofensiva de primavera", disse Qari Yousuf Ahmadi a partir de um local não identificado.
Kandahar, local de surgimento do Talibã, tem sido um foco de operações armadas no último ano, e comandantes militares disseram que fizeram alguns avanços, mas que eram frágeis e reversíveis.
Em 2010, a violência no Afeganistão atingiu seus piores níveis desde que o Talibã foi tirado do poder, no final de 2001, com recorde de mortes em ambos os lados do conflito.
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